Álvaro Bautista queria vencer a todo custo: dez voltas de Superbike de batalhas às cegas, depois na última reta a Ducati silenciou Rea e Toprak. O espanhol alinhou com muita pressão: as duas quedas de algumas horas antes pesavam como uma pedra. “Tenho 38 anos, inacreditável” foi sua autocondenação. Os dois habituais adversários tudo fizeram para aproveitar o momento e empurrar o líder do Campeonato do Mundo para as cordas. Em particular, Jonathan Rea foi excelente: desde que a Kawasaki tenha pneus novos e assistências dianteiras, aqui está ele de volta na versão Cannibal. Ele entrou na final direto, mas Bautista saiu muito bem da chicane final e a cavalaria Panigale V4 R fez o resto. Uma ultrapassagem tão fácil como afundar na manteiga, como se a Ducati tivesse DRS que foi introduzido na F1 para nos divertir com mais ultrapassagens. A diferença aqui é que Kawasaki e Yamaha não possuem DRS.
Bautista força 20 e pneus diferentes
Para Alvarito, esta é a vigésima pérola desta temporada, número 52 da sua carreira: agora as 55 vitórias de Carl Fogarty na Ducati (tem 59 no total, somando também as 4 assinadas com a Honda) estão ao seu alcance. Dentro de poucos domingos Bautista poderá tornar-se campeão do Mundo de Superbike pela segunda vez, mas também o piloto da Ducati de maior sucesso de sempre. Enquanto isso, ele recuperou cinco pontos em Toprak, subindo para +42 pontos, faltando sete corridas para o fim. A razão técnica mais interessante para esta extravagante Superpole Race foi a escolha diferente de pneus. Bautista começou com o SCX (padrão), enquanto Rea na traseira preferiu o B800, ou seja, a evolução do SCX. Toprak, por outro lado, optou pelo wildcard SCQ, ou seja, o pneu de qualificação, na nova especificação C004. Um contra-ataque que, no entanto, não deu o resultado que esperava, ou seja, a vitória.
A missão de Danilo Petrucci falhou, mas…
Andrea Locatelli, a habitual formiguinha da Yamaha, levou para casa um brilhante quarto lugar, o que significa ser “o melhor dos restantes”, ou seja, o melhor atrás dos habituais Magníficos Três de Superbikes. O homem de Bérgamo segurou Michael Rinaldi e Iker Lecuona, com a Honda a sair-se melhor do que o habitual na pista de testes. Quem esteve em observação especial foi Danilo Petrucci, que tinha como objetivo entre os 9 primeiros avançar no grid na corrida 2. Mas partindo do penúltimo lugar do grid, desta vez a subida parou na décima segunda posição. Então ele vai largar na quarta fila, sempre melhor que o de trás. No sábado, na corrida 1, ele terminou em quinto, largando em casa. Esta tarde veremos até onde isso pode chegar.