Maverick Vinales é um dos pilotos que caiu na curva 5 durante o MotoGP Sprint em Jerez. Nesse ponto existia uma zona húmida que fez várias “vítimas” na tarde de sábado. Todos ficaram incrédulos depois de terminarem no cascalho. Uma verdadeira vergonha para a equipa Aprilia, que no início da corrida perdeu Aleix Espargaró devido a mais uma queda e depois não conseguiu somar pontos nem com o seu outro piloto. Na corrida longa as condições da pista deverão ser melhores e haverá uma chance de compensar.
MotoGP Jerez, Viñales mastiga amaro
Vinales admitiu que fazer a diferença na Andaluzia é mais complicado do que em Austin, onde fez uma dobradinha, há muitos adversários competitivos: “Aqui é mais difícil – ele disse Sky Sport MotoGP – porque todos estão bem. Mas quando estava na garagem olhei o ritmo e estava igual aos líderes, então na corrida longa tenho que fazer uma largada incrível e chegar na frente, posso competir por isso“.
O antigo piloto da Suzuki e da Aprilia acredita que o sprint teve de ser adiado porque as condições da pista não eram suficientemente seguras: “O assunto era o estado da pista. Eles nos mantiveram correndo, embora estivéssemos caindo como pinos de boliche. Esse é um assunto para conversar, o estado era muito ruim. Não dava para ver que a curva 5 estava molhada, Aleix já fez um vôo incrível na volta 8, sem gasolina, só porque pegou a parte molhada. Não entendo como podem mandar fazer uma corrida, principalmente um sprint, com a pista tão molhada. Definitivamente não havia condições para correr, caímos todos do nada. Obviamente é sempre algo delicado, mas acho que nós pilotos precisamos concordar um pouco mais, porque nada acontece se esperarmos mais meia hora e corrermos em pista seca.“.
Aprilia deve melhorar
Maverick e Espargaró não se classificaram bem (décima primeira e décima segunda vez respectivamente). Vinales admite que a Aprilia tem alguns problemas com uma condição específica da pista: “Independentemente da escolha dos pneus, acho que sofremos muito em condições mistas. Quando a pista estava mais molhada, me senti muito mais confortável. Quando começou a secar comecei a ter dificuldades, principalmente ao entrar com a moto nas curvas, porque a traseira escorregava e quando peguei no acelerador na mão já estava fora da linha. Praticamente não houve aderência. Aprendemos alguma coisa, temos que melhorar para o futuro, não podemos largar em 11º se quisermos continuar na frente. Devemos continuar a crescer“.
A equipa de Noale tem trabalhado arduamente nos últimos anos para se manter no topo do MotoGP e ainda existem alguns aspectos em que intervir para tornar o RS-GP mais competitivo. Veremos como será a longa corrida.
Foto: MotoGP