A partir da temporada de 2023, o MotoGP terá um formato revolucionário com a introdução de corridas de sprint. Uma escolha que os pilotos não gostam a priori, especialmente os antiquados como Cal Crutchlow. O piloto de testes da Yamaha participou em seis Grandes Prémios do Campeonato do Mundo de 2022 em substituição de Andrea Dovizioso, obtendo de imediato bons resultados apesar do adeus à Top Class em 2020. No próximo campeonato terá um papel central para a Iwata- empresa sediada que está pedindo três curingas. Mas aclimatar-se às Corridas de Sprint não será brincadeira de criança…
O novo formato da MotoGP
O novo calendário do fim-de-semana de MotoGP foi quase imposto aos pilotos, por resolução dos seus fabricantes. Será uma novidade para todos, quem souber adaptar-se mais rapidamente irá certamente beneficiar dela, já que serão atribuídos meios pontos e, ao longo do longo período de 21 voltas (42 corridas), pontos importantes revelar-se-ão. Cal Crutchlow ficaria feliz em ficar sem ele: “Eu sou como um bom vinho tinto, fico mais rápido no final da corrida“, brinca o britânico de 37 anos. “Pessoalmente acho demais. É difícil, principalmente para quem tem família“. O novo tour de force não assusta os mais novos, vice-versa atletas como Aleix Espargarò, que terá de ficar dois meses afastado de casa. “Para quem é jovem, talvez sem namorada, a situação é outra. 18 GPs seriam suficientes para mim, mas não sou eu que faço as regras e decido onde correr“.
Crutchlow aconselha colegas
O calendário 2023 da MotoGP será uma novidade para pilotos, equipes, logística e assessoria de imprensa. Será um espetáculo onde quem se conter será engolfado pela lógica do mercado. “Se alguém não está satisfeito, há outro pronto para assumir. Não é um problema encontrar pessoas que queiram trabalhar como mecânicos, cozinheiros ou na hotelaria. As equipes sabem que sempre podem encontrar outro funcionário“, aponta Crutchlow conforme relatado pelo Motorsport-Total.com. “Sempre haverá alguém que concordará, mesmo que sejam 30 Grandes Prêmios“.
A esperança é que os 22 pilotos que vão disputar o próximo campeonato de MotoGP possam beneficiar pelo menos do ponto de vista salarial. Normalmente é decidido um valor para toda a temporada, mas agora que as corridas dobram, o número de GPs e os riscos aumentam, os salários precisarão ser revistos. Cal Crutchlow relembra sua situação contratual: “Sempre fui inteligente porque me inscrevi em todas as corridas. Você nunca sabe o que vai acontecer. Claro, isso também significa que, quando as corridas são canceladas, nenhum dinheiro entra“. Por fim, um conselho irônico aos colegas: “Talvez eles precisem de gerentes mais sensíveis“.
Foto: Facebook Cryptodata Aprilia RNF Motogp Team