Johann Zarco está nos últimos meses como piloto da equipe Pramac e então começará sua nova aventura com a LCR Honda. O facto de a HRC lhe ter oferecido um contrato de dois anos com opção de uma terceira temporada, com um salário melhor que o atual, fez a diferença. A proposta da Ducati previa mais uma temporada na MotoGP e depois uma possível transferência para a equipe de Aruba no Mundial de Superbike, onde Álvaro Bautista poderia decidir se aposentar no final de 2024.
A despedida de MotoGP, Ciabatti e Zarco
Paolo Ciabatti, entrevistado por paddock-gp.com, explicou detalhadamente como foram as coisas: “Nosso projeto inclui jovens pilotos que podem progredir e almejar a equipe oficial. Há jovens pilotos que já venceram corridas apesar de não andarem com a moto oficial. Até agora ele não venceu com a moto oficial. Até agora o Johann tem estado muito bem, em 2019 oferecemos-lhe uma oportunidade na Avintia quando ele estava sem lugar no MotoGP e pensava em regressar à Moto2. Explicamos a ele que não poderíamos decidir pelos próximos dois anos, porque 2025 será um ano muito importante para nós e temos que pensar no futuro“.
São muitos os contratos que expiram em 2024 e o diretor desportivo da Ducati explica que não foi possível assumir hoje um compromisso para 2025: “Oferecemos a ele a bicicleta oficial de 2024 – ele adiciona – e depois foi a sua vez de vencer e demonstrar que poderia ser piloto oficial da Ducati em 2025. Não foi ‘você vai fazer a Superbike em 2025’, mas ‘nós decidiremos para 2025’. Se não tivesse conseguido vencer no MotoGP, gostaríamos de tê-lo como piloto oficial de Superbike. Para nós é um campeonato importante, penso que temos a melhor equipa e talvez a melhor moto. 99% precisaremos substituir Bautista, que não creio que continuará aos 40 anos. Então dissemos a ele que ele teria toda a primeira parte da temporada para provar que pode continuar na MotoGP.“.
Johann com LCR Honda: foi melhor ficar com a Ducati?
Se em termos contratuais a oferta da Honda dá a Zarco mais garantias de permanecer no MotoGP pelo menos até 2025, é preciso dizer que ao subir numa RC213V corre o risco de obter resultados menos que entusiasmantes: “É a sua escolha – explica Ciabatti – e você tem que entender que não foi a Ducati quem disse não, foi ele quem fez isso. Não julgo, mas acho que a oferta da Ducati foi melhor que a da Honda, porque teria uma moto para vencer, se esse for o objetivo. Não creio que ele terá chance de vencer nenhum Grande Prêmio no próximo ano com a LCR. Nossa proposta era boa e não dizia que ele ficaria fora da MotoGP em 2025, teríamos decidido em junho“.
O diretor desportivo da Ducati teria feito uma escolha diferente no lugar do piloto francês, mas agora tomou nota disso: “Tenho que respeitar a decisão – admite – mesmo que, sinceramente, não a compreenda completamente. Como Ducati sinto-me bem, porque acredito que nos comportámos bem com ele, com a possibilidade de fazer algo ao mais alto nível“.
Foto de : Pramac Racing