Johann Zarco decidiu abraçar o projeto Honda pelos próximos dois anos e está convencido da escolha que fez. A HRC está a trabalhar arduamente para voltar a ser protagonista no MotoGP e quer dar o seu contributo, aproveitando também a experiência acumulada ao longo dos anos. Deixar a Ducati, portanto a melhor moto da grelha, não é fácil, mas o novo desafio dá-lhe muitas razões.
MotoGP, Zarco e a mudança para a Honda
Zarco, entrevistado pelo The-Race.com, explicou o que espera da aventura que começará em 2024: “O objetivo é ter a bicicleta de fábrica e estar envolvido no desenvolvimento. Acho que a Honda também focou muito no Marc em 2023, porque no papel ele era quem poderia lutar na frente. Mesmo quando o Rins chegou, acho que ainda estavam à espera do Marc porque ele ainda é o mais rápido. Talvez eles abram suas mentes um pouco mais“.
O piloto francês acredita que pode fazer melhor que Alex Rins, que irá substituir na equipa LCR: “Acho que tenho mais coisas na bagagem do que ele, porque já andei em diferentes motos, nunca me machuquei e sempre fiz todas as corridas. Esta é uma grande diferença de Rins. Além disso, tenho a possibilidade de que a Honda se concentre um pouco menos em Marc, porque eles estão vendo as coisas mudarem.“.
Johann confia na HRC
O atual piloto da equipe Prima Pramac espera progressos importantes da Honda em 2024 e explica o que o deixaria satisfeito: “Ter uma moto que volta a ter bom desempenho, sempre pronta para estar entre os 5 primeiros, mais para lutar pelo pódio dependendo de como os pilotos se sentem. Espero que as quatro Hondas, ou pelo menos três em cada quatro, consigam ficar entre os 10 primeiros“.
Sobre a possibilidade de correr na equipa oficial Repsol, Zarco respondeu o seguinte: “Talvez isso possa acontecer em 2025. Se acontecer antes, seria uma boa surpresa. A ideia de correr por uma equipe oficial me faz sorrir“.
Zarco e a relação com Márquez
Johann, da Honda, vai lidar mais diretamente com Marc Márquez, com quem teve um conflito nos treinos em Sachsenring. Porém, não há ressentimentos da parte dele, apenas vontade de trabalhar pelo bem da Honda: “Não vou procurar por isso e espero que as coisas possam dar certo. Depois do que aconteceu em Sachsenring não voltamos a nos falar, mas gostaria de ter um bom relacionamento com ele. Se algo está errado eu conto para ele, ainda tenho muita admiração por ele e quando ele estava com problemas eu ficava triste por ele“.
Veremos se os dois trabalharão juntos de forma eficaz para ajudar a HRC a sair da crise em que mergulhou no MotoGP. A maior parte do trabalho será realizada na fábrica, criando uma RC213V verdadeiramente competitiva. No teste de 11 de setembro em Misano Adriatico haverá uma primeira amostra do protótipo de 2024 e Marc mal pode esperar para experimentá-lo.
Foto de : Pramac Racing