Frederic Vasseur substituiu Mattia Binotto e assumiu o cargo de novo chefe da equipe Ferrari em 9 de janeiro. É a oportunidade de sua vida e ele está sob grande pressão.
Na F1 já pilotou por pouco tempo a Renault e a Sauber de 2017 a 2022. Experiência não lhe falta, mas comandar uma equipe como a de Maranello é outra coisa. A barra de metas é muito mais alta, as expectativas são completamente diferentes e a margem de erro é pequena. O francês de 54 anos terá de provar que tem o física do papel para realizar a difícil tarefa que lhe foi confiada pelo presidente John Elkann e pelo diretor-gerente Benedetto Vigna.
Ferrari, Vasseur quer ganhar imediatamente
Vasseur sabe perfeitamente que estar na Ferrari é ter de apontar para vencer, não se esconde e desde logo deixa claro qual é o objetivo do campeonato F1 2023: “Este é o maior desafio da minha carreira – ele disse à Sky Sports – e acho que na Ferrari tudo é possível. Meu trabalho é colocar todos nas melhores condições para trabalhar no seu melhor. Quando você está na Ferrari, o objetivo é vencer. Sinto pressão e responsabilidade, farei o meu melhor“.
Na primeira parte da temporada passada, a equipe de Maranello vinha sendo decididamente competitiva, depois não conseguiu acompanhar a Red Bull e também se perdeu em meio a problemas de confiabilidade e erros. O novo chefe da equipe sonha com um 2023 diferente com um carro mais rápido e sólido, mas também com menos erros da equipe e dos próprios pilotos. O que aconteceu em 2022 deve ser uma lição para todo o ambiente da Ferrari aprender.
Leclerc e Sainz: sem hierarquias no início
Muitas vezes, no ano passado, os fãs, e não apenas eles, invocaram a presença de uma hierarquia definida entre os pilotos com Charles Leclerc em primeiro lugar e Carlos Sainz em segundo. Sobre o assunto, Vasseur foi claro: “Já falei com os pilotos e fui claro com eles. Eles receberão exatamente o mesmo tratamento e suporte. Com certeza, se chegarmos a um determinado ponto da temporada em que um está bem mais bem colocado que o outro na luta mundial, veremos o que fazer. Mas não houve um primeiro e segundo piloto desde o início do ano. Temos de fazer o melhor pela equipa e não pelos pilotos“.
O técnico francês faz questão de esclarecer que nada mudou nesta questão em relação ao passado. A Ferrari não vai começar com uma hierarquia pré-estabelecida, é algo que pode mudar ao longo do Mundial dependendo da classificação. A escolha é compreensível.
Vasseur e o departamento de estratégia
Um dos pontos fracos da equipe em 2022 certamente foi representado pelas estratégias. Muitos erros cometidos. Vasseur não exagera nos detalhes, mas parece determinado a fazer intervenções para evitar os erros do passado: “Precisamos pensar sobre isso e discuti-lo. Não se trata de uma única pessoa, mas de uma estrutura, de formas de comunicação, de pessoas que trabalham na fábrica e não apenas da parte visível do iceberg“.
O novo chefe de equipe sabe que algo precisa ser feito naquele departamento. Especialmente Leclerc, repetidamente prejudicado por erros em 2022, espera melhorias claras. Para vencer, tudo tem que funcionar. Veremos se, 16 anos depois do último título de pilotos, o cavalo empinado voltará a triunfar na Fórmula 1.
Foto: Scuderia Ferrari F1