A temporada 2023 da F1 é caracterizada pelo domínio avassalador da dupla Verstappen-Red Bull, restando apenas as migalhas para os adversários compartilharem. A Ferrari, que no início da temporada passada conseguiu lutar para vencer e depois teve uma queda, decepcionou as expectativas e se vê obrigada a concentrar a maior parte de seus esforços em 2024.
Ainda há algumas atualizações previstas para este ano, por exemplo novas equipas vão estrear-se em Monza no GP de Itália, mas tudo se projeta sobretudo para 2024. A equipa de Maranello procura o caminho certo para poder vencer de novo. A reorganização interna da gestão desportiva também faz parte do projeto, com Frederic Vasseur que também se comprometeu a contratar novos técnicos nos últimos meses.
Vasseur e o futuro da Ferrari
Entrevistado pela Autosprint, o chefe da equipe francesa explicou o plano de desenvolvimento da Ferrari: “Nosso carro será 2 décimos mais rápido em setembro, outros 2 em outubro e outros 4 em 2024. Temos nosso próprio plano de trabalho e não pensamos no dos outros“.
A Ferrari viveu seu último ciclo de vitórias com Jean Todt no comando da equipe, uma pessoa que sabia usar mão de ferro. Vasseur tem uma abordagem diferente: “Punho de ferro não é meu sistema e os tempos mudaram. Precisamos de uma abordagem mais inclusiva que faça com que todos participem de um projeto vencedor. Não há receitas vencedoras por definição, só precisamos melhorar o sistema“. O ex-Sauber tem um método próprio e espera que isso lhe traga o sucesso desejado por milhões de torcedores.
Montezemolo pica a equipa
Quando o cavalo empinado Luca Cordero di Montezemolo ainda conquistava títulos na F1 como presidente, um grande entusiasta que obviamente se entristece por não ver mais triunfos: “Sinto muito – disse ao Diário Nacional – que se festeje um terceiro lugar, como aconteceu em Spa. Isso não é cara da Ferrari e o Velho jamais aceitaria. Não sonho com uma Ferrari que vença sempre, mas que lute pelo mundial até o fim“.
Montezemolo também disse claramente que é correto renovar o contrato de Charles Leclerc, que expira em 2024: “Eu certamente confirmaria isso. Ele é bom e não acho que haja pilotos livres mais fortes. Porém, hoje quem dirige o Vermelho é o menor dos problemas. Como presidente, construí um Dream Team com Schumi, Todt, Brawn, Byrne…“. O ex-número 1 da Ferrari espera que John Elkann e Vasseur sejam capazes de trazer a equipe de volta à sua antiga glória.
Foto: Formula1.com