A temporada 2023 da Ferrari está bem abaixo das expectativas, mas o último Grande Prêmio do Canadá de F1 mostrou alguns sinais de recuperação. Em Montreal o SF-23 apareceu definitivamente melhorado, agora é uma questão de entender se isso foi devido à particularidade da pista ou se realmente houve progresso. O GP da Áustria está chegando como o primeiro banco de testes.
Ontem Carlos Sainz e Charles Leclerc rodaram na pista de Misano para um dia de filmagem. O espanhol testou uma nova asa dianteira, enquanto um novo fundo foi montado no carro do monegasco. Duas atualizações importantes que serão testadas na sexta-feira nos treinos livres no Red Bull Ring de Spielberg.
F1, Ferrari cresce e erros com Binotto: fala Vasseur
Frederic Vasseur em interessante entrevista concedida a Corriere della Sera fez um balanço da situação e se mostrou otimista: “Estamos indo na direção certa, no Canadá fizemos progressos. Desde o primeiro dia sabíamos o que havia de errado com este carro, tivemos que mudar de direção nos desenvolvimentos. leva meses. Vencer é sempre o objetivo. Para voltar ao topo temos que crescer mais rápido que os outros, é hora de acelerar“.
O chefe da equipe Ferrari não quer apontar o dedo para ninguém, porém os problemas do SF-23 derivam de decisões erradas tomadas no projeto feito em 2022: “Certas escolhas foram feitas no ano passado. Desde os primeiros quilômetros em Fiorano e no teste no Bahrein entendemos que não estavam funcionando. Fomos forçados a encontrar um compromisso entre desempenho e dirigibilidade. Eu falei com Binotto? Não, não gasto energia pensando no passado. Passado é passado“.
Vasseur também está se comprometendo pessoalmente com a contratação de novos engenheiros que precisam fortalecer a área técnica da Ferrari, que precisa de enxertos de outras equipes. Não surpreendentemente, estamos tentando atrair novos rostos especialmente da Red Bull, que nos últimos anos tem sido a referência na F1.
Leclerc e Sainz vão renovar?
Leclerc e Sainz têm contratos que expiram em 2024, mas neste momento não há pressa em iniciar negociações sobre renovações: “18 meses para ir até o vencimento – Spiega Vasseur – e introduzir o tema da renovação seria uma distração. Falaremos sobre isso durante ou depois do verão. A prioridade é que eles trabalhem juntos para desenvolver a máquina. Risco de perdê-los? Sempre há. Ambos são atraídos pelo projeto, querem ficar e vencer“.
Houve rumores sobretudo sobre uma possível despedida de Leclerc, muito bem-vindo à Mercedes para o pós-Hamilton e também finalizado na mira da Aston Martin. Mas o chefe da equipe Ferrari sabe como mantê-lo: “A melhor maneira é dar a ele um carro competitivo. Ele tem um objetivo: ser campeão mundial. E ganhar o título também é o nosso objetivo. Temos que fazer com que Charles e Carlos se sintam no centro do projeto“.
Idéias claras, vamos ver o que acontece. O monegasco tem talento para ser um piloto campeão da F1, mas sem um carro vencedor ele não pode demonstrá-lo. Cabe à equipe de Maranello colocar ele e Sainz em melhores condições técnicas.
Foto: Twitter @ScuderiaFerrari