Dois pódios nos últimos dois Sprints, muito azar nas duas últimas corridas. Em Portimão Marc Márquez acaba no asfalto depois de uma ultrapassagem algo arriscada de Pecco Bagnaia, no Texas um problema nos travões obriga-o a abandonar enquanto liderava. Em Jerez o hexacampeão de MotoGP não quer cometer erros, diante do seu público será essencial continuar a sua progressão ascendente com a Ducati Desmosedici GP23 da equipa Gresini. Enquanto isso nas primeiras provas ele foi forte: segundo tempo, atrás do irmão Alex (reportagem e ranking aqui)
Márquez em Jerez para redenção
Embora ainda não seja o grande favorito na corrida pelo Mundial, o interesse pelo ex-piloto da Honda cresce a cada dia. Em jogo não estão apenas os resultados em pista, mas também os cenários futuros para o próximo ano. Reina um grande otimismo em torno do campeão Cervera, mas a matemática não é uma opinião e os pontos na classificação são o juiz supremo. “As pessoas dizem que estou forte, mas voltei dos dois zeros, é assim que as coisas são“. Palavras que resumem o estado de espírito de Marc Márquez, dividido entre a determinação e a humildade, a vontade de voltar a ser o número um e a consciência de que os tempos áureos serão difíceis de repetir.
Mudanças técnicas e o futuro
Depois do problema técnico sofrido em Austin, a Gresini arregaçou imediatamente as mangas. A partir de Jerez a alavanca do travão vai mudar, um pouco semelhante à da Honda RC-V, para que certas anomalias nunca mais voltem a acontecer. “Eu uso uma alavanca um tanto especial que já tinha na Honda, mas aqui temos que fazer algumas modificações. Na Ducati eles estão trabalhando duro para conseguir isso, mas também sei que terei que trabalhar na minha pilotagem“, sublinhou o fenómeno catalão. “Sim, tenho velocidade, mas é preciso consistência, tem que haver fogo o fim de semana todo e incêndios repentinos aqui e ali“.
Sem resultados será difícil aspirar a uma Ducati oficial para a próxima temporada de MotoGP, mesmo que o mercado de pilotos possa reservar grandes surpresas e reviravoltas. “O futuro? Não está claro, obviamente eu gostaria de uma bicicleta oficial. Este ano foi um ano super especial porque venho de anos difíceis. Não tenho contato com ninguém, só preciso ser rápido. Os contactos começarão a partir daqui, depois Le Mans e Mugello“, esclareceu Marc Márquez.
Foto de : Gresini Racing