A nona etapa do Superbike pareceu assombrada para Álvaro Bautista. Primeiro os acessos de raiva da moto, depois a colisão contra a Ducati gêmea de Rinaldi, inexplicavelmente não punida pelos comissários. Mas o talento sempre surge e na corrida 2, com o caminho livre, o espanhol conseguiu correr como havia planejado durante os treinos. Dominando do início ao fim, com um ritmo insustentável para o seu único rival remanescente, Toprak Razgatlioglu. Tendo perdido imediatamente o contacto com a Ducati, o turco ficou com Jonathan Rea para lidar, e com a Kawasaki muito boa não cedeu facilmente. No entanto, o turbilhão aproximou o Toprak: agora estão 57 pontos atrás, em comparação com os 74 do dia anterior. Restam três rodadas (9 corridas), pois vimos que muitas coisas podem acontecer.
Dominação após a bandeira vermelha
A corrida decorreu numa distância de 17 voltas, em vez das 21 esperadas. Aliás, na primeira largada houve uma colisão na habitual Adelaide entre Scott Redding e Dominique Aegerter, com o suíço a ficar com dores na pista. O britânico recebeu duas penalidades em voltas longas, além da da manhã por atropelar Garrett Gerloff. Inevitável bandeira vermelha e recomeço, com escalação estabelecida em função da situação no momento da interrupção: Bautista, Rea e Toprak na primeira linha. A verdadeira partida não teve choques, Alvarito foi forte demais para todos. Agora são 19 triunfos na temporada, 51 no total.
Polêmica da Yamaha: “Por que Bautista não foi penalizado”?
Entretanto, a decisão dos Comissários da FIM de não penalizar Alvaro Bautista após o erro de travagem no gancho de Adelaide que custou a Michael Rinaldi a Superpole Race continua a ser controversa. A Yamaha interveio sobre os factos, através do team manager Paul Denning. “Estamos “confusos” sobre o motivo pelo qual Alvaro não recebeu uma penalização na volta longa depois de bater em Rinaldi no T5. As decisões são consistentemente inconsistentes.”Na verdade a decisão não está no céu nem na terra. O erro foi grave e causou séria interferência em detrimento de um adversário, mesmo sendo companheiro de equipe da Ducati. Além disso, na corrida 2 de Supersport seguinte, os mesmos comissários tomaram uma decisão muito diferente, infligindo um LLP a Yuta Okaya que atingiu Federico Fuligni. Quando os árbitros de futebol cometem erros, ficam parados no tempo: valeria a pena pensar nisso também para os juízes de motos…