Velho leão de todos os Mundiais, Álvaro Bautista sabe como fazê-lo: para vencer o segundo Mundial consecutivo de Superbike terá que atacar até a última curva da última corrida. Assim, na partida de abertura em Magny Cours, ele partiu com todas as suas forças para responder golpe por golpe ao previsível ataque de Toprak Razgatlioglu. Mas o tobogã francês não traz sorte ao madrilenho. No ano passado, novamente na corrida 1, Jonathan Rea nocauteou-o com um ombro forte, incidente que gerou grande polémica que lhe custou pontos e consequente apreensão sobre a situação da classificação. Desta vez a mesma coisa, mesmo que a causa do backhand tenha sido técnica, e não um contato muito próximo com o adversário. A Ducati Panigale V4, o foguete com o qual comemorou 18 vitórias em 24 corridas este ano, desta vez deu errado…
“Algo não estava certo…”
“Na Superpole fomos muito rápidos e a largada foi excelente, mas imediatamente senti que algo estava errado”, diz Álvaro Bautista. “O motor não estava funcionando como sempre, não tinha potência. Então, na segunda volta, saindo do gancho de Adelaide, ele apagou repentinamente. Não entendi o porquê, mas a palavra “Reiniciar” apareceu no painel.. O piloto, no seu momento de desespero, não poderia ter recebido convite mais doce do que este. Bautista reiniciou o sistema e o quatro cilindros arrancou como se nada tivesse acontecido. “Peguei a pista o mais rápido que pude e verifiquei se estava tudo em ordem. A energia voltou ao normal, a Ducati começou a andar como deveria. O retorno foi divertido.”
Danos limitados
Bautista recomeçou por último, mas comeu os últimos da fila como se fossem manteiga. Na bandeira quadriculada terminou em décimo lugar, após fazer treze ultrapassagens (fáceis). Aqui estão as notícias e classificação da corrida. Desta forma conquistou seis pontos, limitando os prejuízos à classificação que poderiam ter sido consideráveis, dada a vitória do seu rival Toprak. Agora a vantagem é de 55 pontos, em vez de 74. Restam onze corridas, que serão repletas de obstáculos contra o turco que vai querer vencer sempre a todo custo. Michael Rinaldi, escoltado para fora da pista sem muitos elogios, entendeu logo a dica. As duas partidas de domingo serão muito quentes.
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Foto: Silvio Tosseghini