A partir de 2024 chegará na PreMoto3 a Honda NSF250R, moto utilizada em todas as Talent Cup. Mudança que se fala há anos, o anúncio oficial era aguardado desde maio passado. O comunicado de imprensa chegou perto da ronda CIV em Mugello, fase de reinício após as férias de verão. Depois de uma colaboração de cinco anos com a Yamaha, que forneceu os motores para a classe de entrada do Campeonato Italiano, mais um passo para “alinhar” a PreMoto3 com séries internacionais juvenis semelhantes, como a European Talent Cup, parte do FIM JuniorGP. Uma revolução para a turma inicial de muitos jovens promessas e também de vários projetos muito interessantes a nível técnico. Quais serão as consequências? Vamos ver os principais prós e contras dessa mudança.
Pontos positivos
Um dos pontos a favor deste “novo PréMoto3” é o facto de os jovens pilotos terem veículos alinhados com os campeonatos que se tornaram as “migalhas de pão” ao longo do caminho que conduz a um futuro desembarque no Mundial. Outra é que, por se tratarem de motos iguais para todos, os resultados dependerão mais das capacidades do jovem piloto que pilota a NSF250R. Um ponto enfatizado pelo presidente do FMI, Giovanni Copioli: “O compromisso de colocar todos os jovens nas mesmas condições de partida é central. Um trabalho que permite que um número cada vez maior deles participe de competições internacionais e se destaque. Como muitos dos nossos pilotos estão fazendo atualmente, começando pelo Guido Pini, só para falar dos campeonatos juvenis. O facto de a Honda da Premoto3 ser a mesma utilizada, por exemplo, na European Talent Cup, só pode apoiar o crescimento de jovens talentos.”
Os contras
Como acontece com todas as mudanças, porém, existem alguns pontos negativos. O PreMoto3 que representou a plataforma de lançamento de algumas joias do engenho técnico italiano desaparece. Falamos sobre o artesanal Buccimoto, a dupla Brevo Evotech, o projeto universitário 2WheelsPoliTO. Realidades que deixarão de existir no que a partir de 2024 podemos definir uma espécie de “Taça de Talentos Italianos” (neste momento a denominação oficial permanece inalterada). Construtores que pretendiam portanto procurar outros campeonatos, por exemplo a categoria equivalente em Espanha. A presença destes fabricantes deu então uma mão muitas vezes essencial a muitas famílias de jovens condutores que queriam entrar num mundo que não era simples nem económico. Esta transição conduzirá inevitavelmente a um aumento dos custos de gestão, um obstáculo significativo para os motociclistas muito jovens e suas famílias. Num período difícil para todos a nível económico, até que ponto irá influenciar o nascimento e posterior crescimento de jovens talentos?