O circuito de Sepang traz muitas lembranças, como a morte de Marco Simoncelli em 2011 ou a disputa entre Marc Marquez e Valentino Rossi em 2015. O espanhol Repsol Honda sabe que depois daquela corrida de MotoGP algo mudou em termos de carisma e seguimento, depois nesse episódio, muitos o receberam com assobios quando ele subiu ao pódio. Um episódio ao qual ele nunca voltou atrás, se pudesse voltar faria tudo igual.
Marc Marquez e Valentino Rossi em Sepang 2015
O seu regresso ao MotoGP certamente reavivou o interesse neste já excitante campeonato. Depois da era de Jorge Lorenzo e Valentino Rossi, Marc Márquez, a maior lenda ainda na pista, está sempre no centro das atenções. “Não quero ver assim, porque seria menosprezar meus companheiros e rivais“. Na temporada de 2022, dois grandes protagonistas faleceram de uma só vez: Marc Márquez, lutando com sua quarta cirurgia no braço, e Valentino Rossi, que se aposentou das corridas em novembro passado. “Valentino optou por se aposentar e é claro que falta muito ao MotoGP, mas é algo que deve ser aceito“.
Sem arrependimentos para Márquez
Apesar da aposentadoria, Valentino Rossi continua sendo amado e lembrado pelo público em casa e nas arquibancadas. “Na Austrália havia tantas bandeiras 46, era um nome que pesa muito“. Sete anos atrás, na pista da Malásia, eles se tornaram os autores de uma página indelével na história do motociclismo, para melhor ou para pior. Se pudesse voltar, não se comportaria de maneira diferente. “Lembro-me perfeitamente da conferência de imprensa“, Marc Marquez sublinhou a ‘AS’. “Não entendi nada, porque é como se dissessem que no domingo passado ele ultrapassou Bagnaia e não Rins. Não faria sentido dizer isso… Aos 22, eu voltaria a me comportar da mesma forma. Repito, com 22 anos e como tudo aconteceu, não me comportaria de forma diferente, porque a única coisa que fiz foi lutar em uma corrida, mais do que o habitual nas primeiras voltas.“.
Uma rivalidade sem fim
É evidente uma certa persistência de Valentino Rossi no GP da Malásia de 2015. Marc Márquez configura-se de uma forma ligeiramente diferente. “Nenhum tinha mais velocidade que o outro, brigamos por algumas voltas até que um perdeu a paciência. Acho que ele teria lidado com tudo diferente do que fez, porque foi ele que perdeu a paciência… (na Austrália, ndr)”.
Desde então, recebeu muitas vaias no momento da premiação no pódio e aplausos em caso de quedas. “Havia uma pessoa que poderia detê-lo, mas ele não queria. Eu decidi seguir em frente e ele decidiu seguir seu caminho“, concluiu o hexacampeão de MotoGP. Agora que Valentino Rossi fechou com o Campeonato do Mundo a relação deles poderia ser melhor, mas não… “Ele não quer e nem eu. Os anos passam e eu não me importo“.