De um ponto de vista puramente estatístico, é impossível explicar porque é que Jason O’Happelloran ainda não conseguiu sagrar-se Campeão Britânico de Superbike. Na verdade, os números o atestam como um dos pilotos de maior sucesso de todos os tempos no campeonato. Em suas 252 partidas ele somou 27 vitórias (a sexta empatada com Michael Rutter) e 72 pódios (oitavo no ranking de todos os tempos), mas o título sempre lhe escapou. Devido a uma série de circunstâncias e erros próprios, com uma nova oportunidade (a última?) que surgirá este ano com a equipa Completely Motorbikes Kawasaki.
DESAFIO COM KAWASAKI NA SUPERBIKE BRITÂNICA
Quando a McAMS Yamaha se retirou do BSB, o australiano não estava despreparado. Ele havia chegado a um acordo com bastante antecedência com a Kawasaki Motors UK e a FS-3 Racing, tanto que pôde testar a Ninja ZX-10RR nas 48 horas seguintes à rodada final de 2023, realizada em Brands Hatch. Um primeiro contato em Donington Park, uma saída subsequente em Jerez de la Frontera que convenceu ‘O’Show’ do potencial da Kawasaki para 2024.
TANTAS OPORTUNIDADES PERDIDAS
Para um piloto que correu em Superbikes britânicas com a Honda Racing UK, McAMS Yamaha e, agora, com a Completely Motorbikes Kawasaki, o título é mais do que apenas uma missão. Aliás, desde 2009 mudou-se para o Reino Unido para constituir família (casado com Rachel Westmoreland, irmã do piloto James), só com a Yamaha teve hipóteses concretas de se tornar Campeão. Em 2020 ele fez uma ótima temporada, lutando até o fim com seu compatriota Josh Brookes (acabou terminando em segundo), enquanto em 2021 estragou tudo com o início do Showdown após dominar a Temporada Regular.
UMA LONGA CARREIRA NA SUPERBIKE BRITÂNICA
Aquele título perdido em 2021 ainda clama por vingança, ainda mais considerando que, no geral, como companheiros de equipe quase sempre foi mais rápido que Tarran Mackenzie, que se sagrou campeão de 2021. Este ano O’Happelloran terá que lidar com outro jovem talento nos boxes como Max Cook, tentando usar a experiência a seu favor. Basta dizer que estreou no BSB em 2008 com a SMT Honda, embora só em 2015 tenha tido a oportunidade (com a Honda Racing UK) de correr a tempo inteiro na série. Pelo meio, muitas lesões, oportunidades perdidas e episódios infelizes. Quem sabe se a Kawasaki verde, com o significado de esperança, poderá permitir-lhe atingir o objetivo que tem perseguido ao longo da sua carreira…