Hoje em Jerez teve a esperada estreia de Danilo Petrucci aos comandos da Ducati Panigale V4 R da Barni Spark Racing Team. Pilotou a versão 2022, já que só terá à sua disposição a versão 2023 na próxima prova de Portimão (31 de janeiro a 1 de fevereiro).
Pode-se dizer que o piloto de Terni fez uma boa partida, ao terminar em sexto no primeiro dos dois dias de testes na Andaluzia. O seu melhor tempo foi 1’39″790, 1″193 atrás de Toprak Razgatlioglu, líder do dia 1. Claramente o objetivo de Petrux será deixar a Espanha com uma pequena diferença em relação aos melhores pilotos do Campeonato Mundial de Superbike.
Superbike, teste de Jerez: comentários de Petrucci
No final do dia, Petrucci deu as primeiras declarações e disse estar globalmente satisfeito com a forma como as coisas decorreram em Jerez: “Eu estou feliz. Eu estava bastante tenso, fazia muito tempo que não andava de bike de trilha. No dia 3 de outubro, pilotei a Suzuki MotoGP na Tailândia. Desde o início as sensações foram boas. A principal coisa a entender era a configuração básica e os pneus. Na final não fiz o contra-relógio, estava cansado e ainda não estamos preparados em termos de acerto. Mas a classificação é o menor dos pensamentos agora. Estou feliz com a sensação que tive, mesmo que haja trabalho a fazer para melhorar“.
O cavaleiro da Úmbria se sentiu à vontade pilotando o Ducati Panigale V4Rmoto que já conhecia em parte graças à sua participação no MotoAmerica Superbike em 2022: “Eu dirigia a versão 2021 e hoje experimentei a 2022. Vimos um pequeno avanço em termos de entrega. O mais legal foi não ter toda a tagarelice que tive na América, parecia que finalmente estava andando com pneus redondos. Acho que podemos melhorar, temos muita margem“.
Petrux, excelente sensação com Barni e Ducati
Petrux confirma que se sentiu muito à vontade trabalhando com a Barni Spark Racing Team, que já conhecia no passado: “Corri com eles em 2011 e foi um dos melhores anos para mim. Sei que o Marco se preocupa muito com o desempenho das motos, por isso confiei nele para vir para cá. Ele realmente tem muita dedicação nesse trabalho e tem passado para todos. O nível é alto, mas não estamos longe“.
As sensações foram muito positivas em Jerez, uma pista que conhecia desde os tempos de MotoGP: “Na América – explica – com essa qualidade das pistas você luta para fazer um bom trabalho de acerto e melhorar durante o ano. Em vez disso, aqui hoje já fizemos alguns testes, melhorando e entendendo melhor a situação. Jerez é uma pista bonita e desde o início pareceu-me que o tempo tinha parado há dois ou três anos, quando estava no MotoGP. nós estivemos na frente“.
Petrucci sobre pneus Pirelli e melhorias a serem feitas
Seu julgamento sobre os pneus Pirelli também foi bom, com o qual ele se sentiu bastante confortável: “Eu me lembrava bem deles – ele disse – e eu os achei bons. Eu tinha usado o Pirellis em 2011 quando era testador da Ducati Superbike. Mesmo no frio os pneus duraram, principalmente o 0. O X no final tinha algo a mais, mas não colocamos. Devo dizer que são bons pneus, dão-te imediatamente uma grande confiança e dão-te muito feedback. Isso é importante, você entende quando está no limite com a borracha“.
Petrucci foi questionado se teve a oportunidade de cruzar Álvaro Bautista na pista e ele respondeu: “Nunca vi, quase sempre tiro sozinho. Queria ver um pouco mais dos outros pilotos, mas ainda assim vi Locatelli com a Yamaha. Eu estava um pouco mais rápido, mas ele estava freando bem e teria sido difícil ultrapassá-lo. Acho que Toprak é realmente difícil de ultrapassar. Mesmo que a nossa moto seja muito boa, ainda precisamos melhorar a frenagem amanhã e a tração. Na aceleração, com poucos quilos de diferença para Álvaro, há espaço para melhorar“.
Panigale V4 R 2023 e motivações em Superbike
Petrucci vai poder testar a Ducati Panigale V4 R 2023 em Portimão e está curioso para o fazer, mas está concentrado no trabalho que terá de fazer amanhã em Espanha: “Ouvi dizer que 2023 é um pouco melhor – diz – e como todas as peças estão chegando na caixa. O que me interessa é ter uma configuração básica que me permita atacar o tempo e ficar confortável na moto“.
Danilo confirma que reencontrou o sorriso após o fim da experiência no MotoGP e que tem grande motivação para esta aventura no Campeonato do Mundo de Superbike: “Em 2021 eu havia perdido o sorriso, principalmente na segunda metade do campeonato de MotoGP. Eu não aguentava mais. O Dakar deu-me vontade de andar de mota e ter o mínimo possível de engenheiros. Indo para a América percebi ainda que ainda gosto de correr e por isso, se tiver de o fazer, fá-lo-ei num mundial com uma moto que conquistou o título. Vamos ver como são, se ainda me lembro como se faz“.