O início deste campeonato mundial de Fórmula 1 deu-nos muitas ideias e sobretudo contou-nos algumas histórias importantes. Porém, aquelas que foram parar em todos os jornais também pela lógica dos resultados são as que dizem respeito aos vencedores. O início canibal de Max Verstappen e Red Bull, por exemplo, a vitória de Carlos Sainz na Austrália e agora a primeira vitória da carreira de Lando Norris em Miami. Uma história pouco comentada é a do desejo de Esteban Ocon de nunca desistir. Um desejo que o levou a um primeiro resultado importante, depois de um início de campeonato dramático para ele e toda a sua equipa.
O primeiro ponto da Alpine na temporada
O décimo lugar de Esteban Ocon na corrida de Miami deu oxigênio a toda a equipe Alpine. Uma equipe que parecia relegada a fechar o grupo. O carro A524 não está correspondendo às expectativas e já dissemos isso amplamente. As mudanças no topo da empresa francesa demonstram como existe um estado de confusão que depois se espalha para os homens que vão aos circuitos. A estabilidade pode ser encontrada através deste ponto alcançado, como que para deixar claro que o caminho seguido é o certo, mesmo que a fasquia precise de ser elevada cada vez mais. A fasquia começou a subir com as primeiras atualizações que chegaram a Suzuka para o GP do Japão.
Na realidade, o Japão não foi muito positivo para a seleção transalpina, que viu os seus dois porta-estandartes lutarem pelo décimo quinto lugar. O fim de semana japonês causou bastante mau humor dentro da garagem, arriscando piorar ainda mais a situação. A China, no entanto, destacou a mudança de tendência, posicionando os dois porta-estandartes alpinos no limite da zona de pontos. Portanto houve um crescimento no A524, mas o que parece ainda mais evidente é que um dos dois pilotos parece estar melhor com o monolugar. Esteban Ocon é, sem sombra de dúvida, o homem que melhor abraça a causa da empresa francesa.
Esteban Ocon sempre acreditou nisso
O primeiro ponto conquistado em Miami só poderia vir de Esteban Ocon, já que o piloto de Évreux sempre acreditou no potencial do carro. Ocon sempre falou positivamente ou, melhor ainda, com suas afirmações sempre procurou ver o que de melhor foi reunido. Graças a esta visão, Esteban venceu o seu companheiro de equipa Pierre Gasly em 5 das 6 ocasiões no início da temporada. Esta é a prova de como o piloto quer realmente encarnar e tornar seu o espírito alpino. Ele se sente parte do projeto, um projeto que atualmente precisa ser reconstruído e parece querer assumir a responsabilidade por isso.
Esteban Ocon está lutando como um verdadeiro guerreiro, basta olhar para os finais de semana. Fim de semana certamente fora dos holofotes, dado o carro, mas a sua maneira de fazer as coisas nos diz como ele está se sacrificando muito pela Alpine. Aquele Alpine com o qual venceu a sua primeira e até agora uma corrida na Fórmula 1, aquele Alpine que, quando as portas pareciam fechar-se para ele no campeonato automóvel de topo, deu-lhe a oportunidade de regressar. Uma combinação, portanto, que parece ter uma forte ligação emocional. O décimo lugar em solo americano não deveria ser o ponto de chegada, mas Ocon sabe bem disso.
Alpine espera por um Gasly pronto para responder a Esteban Ocon
O grande perdedor do GP de Miami é certamente Pierre Gasly. Gasly era o motorista em quem todos confiavam, principalmente em casa. Este ano, porém, a comparação com o companheiro parece muito emblemática. Agora Pierre terá necessariamente que responder a Esteban Ocon, ele terá necessariamente que provar novamente que faz parte do projeto. Tudo isto poderá transformar-se numa vantagem para a Alpine, que, vendo o seu outro porta-estandarte motivado, poderá melhorar os seus resultados. Ocon certamente desejará continuar à frente de Gasly. Miami, portanto, poderia ter aberto um novo capítulo da temporada alpina, o do renascimento.
FOTO: social BWT Alpine f1