A equipa GYTR GRT Yamaha WorldSBK é presença regular no Campeonato do Mundo de Superbike desde 2019, após a experiência adquirida no Supersport. Esta temporada foi um pouco abaixo das expectativas, mas há um grande otimismo para o futuro.
A equipe liderada por Filippo Conti e Mirko Giansanti em 2023 não contará mais com Garrett Gerloff e Kohta Nozane. Terá uma dupla de pilotos completamente nova e muito interessante: Remy Gardner e Dominique Aegerter. Os pré-requisitos para um ano de grandes resultados estão todos aí, mesmo que primeiro haja um campeonato de SBK 2022 a ser concluído da melhor maneira possível. Filippo Conti nos fala sobre programas, expectativas e como desenhar uma história esportiva de sucesso.
Vamos começar com o último anúncio, o da chegada de Aegerter.
“Seus resultados levaram a Yamaha e nós a escolhê-lo. No Supersport ele está indo muito bem, no ano passado venceu o Mundial e agora está na corrida para ganhá-lo novamente. Ele é um piloto completo, também se saiu bem em outras categorias e conquistou uma experiência importante. Merece entrar no Superbike, tem todas as características para se dar bem”.
Aegerter se juntará a Gardner. Como surgiu a ideia de contratar o atual piloto de MotoGP?
“Nasceu quando Remy teve a vicissitude com KTM. Nesse momento ele começou a olhar em volta, abrindo também a possibilidade de passar para o paddock de Superbike. A Yamaha quis investigar o assunto com seu empresário, para entender se realmente havia vontade de casar um projeto neste campeonato e foi recebido positivamente. Ele terá que se adaptar a diferentes pistas, motos e pneus diferentes, mas é um campeão mundial e, portanto, começa com um nível mais alto de adaptabilidade porque já experimentou certas situações. Ganhar o título em uma categoria como a Moto2 é muito difícil”.
Com dois pilotos de tão alto nível quais serão os objetivos em 2023?
“Os objetivos não vão mudar, queremos sempre lutar pelas posições que contam constantemente. Os pilotos têm potencial e maturidade para se sair bem não só esporadicamente, mas também continuamente. A nossa equipa é forte e esperamos conseguir os resultados que nós e a Yamaha merecemos”.
Axel Bassani estava entre os nomes que você considerou?
“Houve contatos. É normal que neste período as equipas e os pilotos procurem a melhor solução. O Axel cresceu muito, está indo bem, é sólido e continuar assim tem excelentes expectativas para o futuro. Acho que vamos ouvir falar dele. A Yamaha decidiu seguir dois caminhos diferentes, dando uma chance a Remy e recompensando Dominique. Estou certo de que as escolhas certas foram feitas”.
Falando em vez da temporada 2022, qual é o julgamento?
“Antes do pódio em Barcelona estávamos certamente abaixo das expectativas em termos de resultados. Com Nozane sabíamos que havia um caminho a seguir para ajudá-lo a crescer. Ele melhorou, mas o nível do campeonato subiu ainda mais e, portanto, o ranking não mudou. Quanto a Garrett, esperávamos resultados maiores que infelizmente não vieram. Em Barcelona houve um pódio que nos dá esperança de terminar a última parte do ano da melhor forma possível. Esse terceiro lugar foi importante para a equipe. Estamos em um mundo onde tudo está atrelado a resultados, portanto performances positivas transmitem positividade para recomeçar. Há mais garra e mais entusiasmo”.
Existe algum arrependimento relacionado aos resultados de Gerloff?
“Eu não falaria sobre arrependimentos. Certamente nós e Garrett esperávamos melhores resultados, mas não conseguimos alcançá-los. Não há arrependimentos, porque a equipe e o piloto deram tudo de si. No entanto, nós como equipe e ele como piloto crescemos muito nesses anos juntos”.
Você está gostando da luta pelo Campeonato Mundial de Superbike entre Bautista, Razgatlioglu e Rea?
“É um belo campeonato de Superbike. Os três candidatos ao título estão fazendo um ótimo trabalho. Talvez às vezes os valores mudem de acordo com a pista, mas os três são talentosos. Eles vão nos manter entretidos até o fim”.
O que você acha da possível introdução do limite de peso do ciclista?
“Existem alguns argumentos em andamento, mas atualmente não tenho elementos para expressar um julgamento técnico. Espero que se as medidas forem tomadas, elas sejam feitas corretamente após avaliações cuidadosas e precisas”.
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Foto: Yamaha Racing