O mercado de pilotos de Superbike está no final. Após o anúncio da renovação de um ano de Alex Lowes na Kawasaki, restam apenas dois selins oficiais gratuitos. Uma é a Yamaha órfã de Toprak Razgatlioglu, que irá para a BMW no próximo ano, a outra é uma Ducati. Nesta altura é precisamente a marca alemã no centro dos jogos, até por um aspecto quase grotesco. Se Scott Redding e Loris Baz exercerem a opção de renovação a seu favor, a BMW encontrará cinco pilotos contratados em 2024, dado que Garrett Gerloff, Michael Van der Mark têm mandatos de dois anos em vigor e o turco acaba de ingressar na empresa. Mais do que uma possibilidade, é quase uma certeza porque nem Redding nem Baz têm opções melhores. Depois, caberá aos dirigentes da gigante sediada em Mônaco desvendar a meada, ou seja, inventar uma moto adicional de fábrica ou desviar uma das cinco para o papel de piloto de testes.
Scott Redding fechou alternativas, ou quase
Os nós terão que se desfazer até sábado, 15 de julho. A aventura do piloto britânico não está indo como muitos esperavam, especialmente o piloto. Em um ano e meio na M 1000 RR só subiu ao pódio três vezes, vindo da Ducati de fábrica onde em duas temporadas somou doze vitórias, terminando em segundo e terceiro na classificação final. A atenção da BMW a Toprak, que aparentemente vai descontar um cheque de 2,5 milhões por ano por um acordo válido pelo menos até o final de 25, foi outro golpe para o ex-vice-campeão mundial de Moto2. Que conquistou seu primeiro título no Campeonato Mundial aqui mesmo em Donington, em 2008, nas 125GP, quando tinha apenas quinze anos.
Yamaha oportunidade improvável
Redding ainda não liberou a reserva para testar as águas na Yamaha, onde entretanto Andrea Locatelli está confirmado há dois anos. O responsável pelas operações de Superbike Racing, Andrea Dosoli, tem dois caminhos: dar continuidade ao projeto de formação lançado pela Yamaha Europe, promovendo um dos seis pilotos atualmente contratados, ou apostar num grande nome que talvez não faça Toprak se arrepender. Os holofotes vão para Franco Morbidelli ou Johann Zarco, na hipótese (também improvável) de não encontrarem alojamentos válidos no MotoGP. Entretanto, Redding deverá vencer a segunda volta com Dominique Aegerter, que tem menos pretensões económicas e já é piloto da marca Yamaha. Portanto, é muito difícil para Scott encontrar um terreno fértil.
Redding, porque ficar com a BMW é conveniente para ele
A renovação de Scott faz sentido por vários motivos. Enquanto isso, há o fator econômico: estamos falando de uma bienal que vale mais de um milhão por temporada. Além disso, Redding deixaria a BMW às vésperas de uma reorganização radical do projeto Superbike, com a promoção a diretor técnico de Chris Gonschor (detalhes aqui) sob Marc Bongers, que se tornará diretor geral de competições. Isso pode significar um maior comprometimento e, esperançosamente, um avanço técnico capaz de resolver os problemas da M 1000 RR. Uma Superbike com muito potencial, já que ganha em todos os lugares, mas não no Mundial. Desistir da renovação, assim como de um mar de dinheiro, distanciaria Redding do projeto justamente quando, talvez, ele esteja mudando de marcha.
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