Depois do feliz pódio no Sprint, devido às muitas quedas dos pilotos à sua frente, surgiu a curiosidade de ver Pedro Acosta a trabalhar na longa corrida. Devido a um mau início e a uma recuperação difícil, não foi além do décimo lugar em Jerez. Não é um resultado ruim, devemos sempre lembrar que estamos falando de um estreante. Além disso, a queda no aquecimento obrigou-o a correr com a segunda moto, que nem sempre é perfeitamente igual à primeira, apesar das intervenções realizadas pela equipa. Ele certamente aprendeu muito neste fim de semana e hoje no teste terá a oportunidade de trabalhar para fazer mais melhorias.
MotoGP Jerez, análise de Acosta
No final do Grande Prémio de Espanha, o piloto da equipa Red Bull GASGAS Tech3 explicou porque não fez uma corrida brilhante, negando ter tido quaisquer problemas físicos ligados ao acidente da manhã de domingo: “Eu tomei um golpe e foi isso – explicou ele a Motosan.es – Minha boca dói. Fui influenciado pelo facto de a moto que rodei na corrida não ter arrancado durante todo o fim-de-semana. Mesmo que a moto seja a mesma, a embreagem não funciona da mesma forma. São coisas que podem acontecer“.
A largada não foi das melhores para Acosta, que também teve contato com Johann Zarco que o fez cair para trás: “Foi algo forte, mas quando você está atrás pode acontecer. Difícil de gerenciar quando você está muito atrás e quer recuperar o atraso. Fui 19º e depois recuperei, tendo que pensar no desgaste dos pneus e imaginar a estratégia de quem estava à minha frente. É uma corrida mais completa, foi muito útil para a próxima, principalmente para aprender a enfrentar um fim de semana“.
Pedro, o novato aprende
Já se habituara a estar no grupo dos melhores nos Grandes Prémios anteriores, mas isso ajudou-o a fazer uma corrida diferente e para Acosta é toda a experiência que o deixará ainda mais preparado e mais forte: “Cometemos muitos erros neste fim de semana – ele admite – caindo na qualificação e depois no aquecimento. Destruí uma moto às 9 da manhã… Neste momento o mais importante no MotoGP é a consistência, já vimos isso no ano passado com o Martin e penso que continuamos a ver isso. Marquei alguns pontos na corrida, mas estou no bolso. No geral, o fim de semana foi positivo, mas precisamos aprender a não cometer esses erros ou a administrá-los de forma diferente. Viemos todos aqui com uma expectativa para a KTM que não foi a que vimos, no teste teremos que perceber porquê“.
Com colegas italianos de SkySport MotoGP ele foi muito franco: “Tenho que entender como não fazer merdas como as que fizemos na classificação e no aquecimento. Domingo de manhã eu estraguei tudo como um novato, não podemos pagar por isso“. Pedro sabe o que fez de errado e certamente aprendeu a lição. Porém, na classificação geral está em quarto lugar, é o melhor do grupo KTM: pode estar satisfeito.
Foto de : GASGAS Tech3