Neste período de pausa no mundial de Superbike, porém, há um piloto que tem feito manchetes: Toprak Razgatlioglu. Depois de anunciar que espera correr no MotoGP em 2024, fez dois dias de testes com a Yamaha YZR-M1 em Jerez de la Frontera.
Nenhum tempo oficial foi divulgado, mas o piloto turco disse que estava feliz e não havia tentado o contra-relógio. Ele queria percorrer o máximo de quilômetros possível para conhecer melhor o protótipo de Iwata. Também esteve presente Cal Crutchlow, testador oficial da Yamaha MotoGP, que certamente foi de grande ajuda com a sua experiência.
Razgatlioglu na Yamaha MotoGP, comentário de Jarvis
Entre as pessoas que participaram do teste de Razgatlioglu na Andaluzia, também estavam Andrea Dosoli (gerente de corridas de estrada da Yamaha Motor Europe), Massimo Meregalli (gerente da equipe Monster Energy Yamaha MotoGP) e Lin Jarvis (diretor administrativo da Yamaha Motor Racing).
Just Jarvis falou ao final da prova: “A colaboração entre Cal e Toprak – disse à Speedweek – funcionou muito bem. Foram dois dias interessantes e positivos para Toprak. Em Jerez conseguiu habituar-se melhor à moto e ter uma ideia melhor do que o MotoGP exige em termos de estilo de pilotagem. Ele é muito forte na travagem, trava muito tarde. MotoGP exige mais velocidade nas curvas, então ele teve que mudar seu estilo de pilotagem para tirar o máximo proveito da moto“.
Não é uma adaptação fácil para o M1 para Toprak
Obviamente, o Yamaha M1 também teve que ser adaptado um pouco às necessidades de Razgatlioglu: “Ele tem 185 centímetros de altura – explica Jarvis – e tem uma construção semelhante a Valentino Rossi. Ele é talvez 1 ou 2 quilos mais pesado que o Vale e 2 centímetros mais alto que o Quartararo. Portanto, a posição de dirigir teve que ser adaptada. Demorou um pouco no primeiro dia, ele sentiu que estava sentado muito alto“.
Entre posição, estilo de pilotagem, pneus e outros aspetos, há várias coisas a que o piloto turco terá de se adaptar em caso de passagem para o MotoGP. A R1 Superbike é outra coisa e o salto de categoria envolveria muitos riscos. Riscos que a própria Yamaha também deve avaliar, decidindo bem qual piloto apoiar Fabio Quartararo. Toprak seria uma aposta, enquanto alguém como Jorge Martin poderia dar mais garantias. E não devemos assumir que Franco Morbidelli está “morto”, que depois de dois quartos lugares na Argentina espera ter saído do túnel negativo em que se iniciou em 2021.