Depois de um ano pouco inspirador como estreante de MotoGP, onde somou apenas 24 pontos e apenas um dos 10 primeiros, Fabio Di Giannantonio está lutando para decolar, apesar de algumas melhorias. Infelizmente a Ducati Desmosedici não admite desculpas, continua a ser o único piloto da marca que não subiu ao pódio nos últimos dois anos. O seu selim na garagem da Gresini é cada vez mais cobiçado e existe o risco do piloto romano ficar de fora da categoria rainha.
Di Giannantonio e o contrato expirado
Di Giannantonio falou sobre o seu futuro durante o fim-de-semana de MotoGP em Sachsenring, onde somou um 12º lugar no Sprint e um 9º na corrida de domingo. Este ano o jovem de 24 anos cumpre a sua segunda época pela Gresini-Ducati, conseguindo melhorar ligeiramente face a 2022. Atualmente ocupa a 15ª posição da classificação geral, o pior piloto da Ducati à exceção de Enea Bastianini, que foi afastado por muito tempo após a lesão no Grande Prêmio de estreia em Portimão.
Há poucas esperanças de permanecer na equipe de Nadia Gresini também na próxima temporada, considerando que a área do pódio continua distante. “Tenho que me concentrar no meu trabalho. Se fizermos um bom trabalho, o resto virá“, comentou Di Giannantonio. Às portas do Top Class, porém, outro talento bate com certa insistência, Tony Arbolino, coadjuvado por um técnico de grande experiência como Carlo Pernat.
Se não houver renovação com a equipa satélite da Ducati, será difícil encontrar outras vagas livres, tendo em conta que da Moto2 há vários talentos já na mira dos construtores europeus e nipónicos. “Não estou preocupado com o meu futuro. O plano é ficar na MotoGP. Mas não tenho um plano B e não estou pensando nisso. Quero permanecer no MotoGP e melhorar de corrida para corrida. Quero ficar mais forte e acho que consigo chegar ao nível dos outros pilotos da Ducati. Eu só tenho que trabalhar em mim“.
Os problemas com a Ducati GP22
Empreitada difícil, uma corrida contra o tempo, com as férias de verão a aproximarem-se e no final das quais estará definido o tabuleiro de 2024. Pelo menos nos bastidores. É inegável que Fábio tem alguma dificuldade em conseguir determinadas prestações com a GP22. “Quando analisamos as corridas, vemos que o potencial está aí. Infelizmente não juntamos todas as peças. Às vezes a culpa é minha… Ainda não conseguimos mostrar todo o nosso potencial“. Depois dos testes de inverno houve mais optimismo, estabeleceu tempos interessantes que não se confirmaram neste Mundial. Os problemas estão bem claros dentro de sua área, agora cabe a Fabio Di Giannantonio colocar a mão na massa.
No ano passado, ele dividiu o ambiente com Enea Bastianini, que conquistou um lugar na equipe de fábrica. A partir deste ano é acompanhado nas boxes por Alex Márquez, com quem não tem muita colaboração. “Quase não temos tempo para planejar coisas fora da rotina“, observa o piloto romano. Também graças ao novo formato do MotoGP que deixa pouco tempo disponível para estudar detalhes e soluções durante os finais de semana de corrida. “Portanto, é difícil encontrar dez minutos para falar com Alex. Nosso relacionamento é perfeito, mas não temos tempo para trocar comentários“.
Foto: MotoGP.com