Francesco Bagnaia passou no exame médico e estará regularmente na pista na sexta-feira em Misano. Não estará nas melhores condições físicas, mas já é um milagre que consiga correr e que não tenha havido consequências piores após a terrível queda em Montmelò.
MotoGP, Bagnaia entusiasmado com Misano
Hoje Bagnaia explicou como está física e mentalmente: “Estou feliz e sortudo por estar aqui. Tenho que estar grato pelo trabalho árduo que está a ser feito em termos de segurança. Este é o meu Grande Prêmio em casa e é importante estar lá, trabalhamos muito e não foi fácil. Segunda-feira foi um dia difícil, trabalhei muito com a equipe e estou orgulhoso deles. O progresso feito de segunda-feira até hoje é incrível. Vou continuar com a terapia durante todo o final de semana, acho que vou melhorar a cada dia. Tentei subir em uma bicicleta e me senti bem“.
Indo mais especificamente sobre os problemas físicos causados pelo acidente, o piloto se expressou da seguinte forma: “Estou com um problema na perna direita e também no bumbum, que não vou ajudar. O maior problema é onde sofri o impacto, que foi no joelho direito. Tenho um grande hematoma que chega até o pé, vai ser problemático movimentar a perna. Nós vemos“.
Por que Pecco caiu em Montmelò?
Pecco foi posteriormente questionado se a Ducati havia rastreado o motivo do acidente: “Na moto já senti desde a volta de aquecimento que a aderência traseira estava próxima de zero, quase caí três vezes: curva 3, curva 9 e curva 12. E sem forçar, sendo um passeio de treinamento. Já na primeira curva perdi um pouco a traseira, pelas imagens dá para ver o Jorge tendo que frear muito e por isso ele ficou atrás na segunda curva. Assim que inclinei a moto e acelerei um pouco, perdi completamente a traseira. Verificamos os dados e analisamos tudo. No que diz respeito aos aspectos mecânicos, electrónicos e de condução, não há erros. Foi um acidente estranho, por isso é importante entender tudo“.
Ainda não há explicação oficial, obviamente a borracha Michelin também está na mira: “Não sei quanto tempo vai demorar. Não sei se a equipe já conversou com a Michelin. Estou pedindo uma resposta deles, gostaria de entender porque a moto me pareceu tão escorregadia mesmo na volta de apresentação. Estou esperando“.
Bagnaia, o acidente e as críticas ao asfalto
Voltando ao acidente, Bagnaia contou o que pensou quando ocorreu o acidente: “Parecia a queda mais longa de todas, nunca terminou. A bicicleta tem começou a bombear na frente, quando isso acontece significa que você está prestes a fazer um highside. Esperava fazer um bom vôo, quando estava no ar acabei de cabeça para baixo e ouvi o airbag explodir. O impacto mais forte foi no asfalto, mas graças aos nossos parceiros temos protetores de quadril que nos ajudaram muito. Vi as motos chegando e uma KTM passando na minha perna, torci para que ninguém mais me tocasse porque era uma situação dramática. Tive sorte de cinco pilotos terem ficado de fora devido ao acidente de Bastianini. Jorge e Brad souberam controlar a situação, foram os primeiros a chegar em mim. Eu entendi cada segundo do que estava acontecendo“.
O asfalto do circuito de Montmelò não é dos melhores e isso também pode ter influenciado na queda: “Pode ser um motivo. Para mim não é possível continuar correndo lá, o asfalto está um desastre e não há aderência. É a corrida com mais pressão, a curva 5 é como andar no gelo. Para mim está além do limite em termos de segurança em termos de asfalto. Definitivamente está na lista de possíveis razões pelas quais eu caí“.
Pecco não sabe o que esperar deste Grande Prêmio de San Marino e da Riviera di Rimini, mas está confiante: “Vou tentar fazer o que puder. Entretanto tenho de ver que sensação terei com a moto amanhã. Porém este é um dos meus fins de semana favoritos, o poder e a energia que os fãs podem lhe dar é incrível. Eu treino aqui, conheço bem a pista então vamos ver como vai“.
Foto: Ducati Corse