Marc Márquez já negocia com a Ducati Gresini há algum tempo e pode já ter assinado. A Honda nega categoricamente e não poderia fazer de outra forma. Na Ducati preferem não se desabotoar, mas o diretor esportivo Paolo Ciabatti não descarta a chegada do múltiplo campeão de Cervera.
Marc Márquez rumo a Gresini…
O principal tema de conversa que anima o paddock do MotoGP durante o Grande Prémio de San Marino não diz respeito ao MotoGP, nem à forma do líder Francesco Bagnaia, nem ao desempenho de Dani Pedrosa, nem ao timing de Marco Bezzecchi. O que importa é a possível mudança de Marc Márquez para uma Ducati em 2024 através da equipa Gresini Racing, apesar de ter contrato até ao final de 2024. O caso Rea-Kawasaki deixa claro como os contratos, no mundo do motociclismo, são escritos em a areia. E, acima de tudo, se um piloto começa a não ter mais fé na moto, na equipa e no Fabricante, torna-se até contraproducente tentar prendê-lo.
Paolo Ciabatti é quem assina os contratos dos pilotos da empresa Borgo Panigale e os seus colegas franceses do Paddock-GP tentaram passar a questão ao interessado. Como é habitual, o treinador da Ducati mantém o tom diplomático sem antecipar nada sobre um dos temas mais quentes dos últimos anos da história do MotoGP. “Somos humanos e para nós a prioridade é ter sempre um projeto diferente. Máximo respeito pelo Márquez: sei que ele tem contrato assinado com a Honda, não olho lá“.
Assinar não é impossível
O destino de Marc Márquez está exclusivamente em suas mãos. Se ele não esclarecer primeiro as relações com a Asa Dourada, será difícil chegar a um acordo. “Depois, se o piloto decidir que pode se libertar desse contrato e conversar com uma equipe independente, cabe a eles, a ele e à equipe satélite. Porque decidimos pelos pilotos oficiais e Pramac. Os outros pilotos são independentes: nos contratos VR46 e Gresini não há cláusula que obrigue a Ducati a aprovar os pilotos“.
Porém, os rumores que circulam no paddock são cada vez mais insistentes, algo arde sob as cinzas, mas não cabe a Ciabatti alimentar os boatos. “Normalmente os rumores que circulam pelo paddock têm um fundo de verdade. Ouvi dizer que o teste de segunda-feira pode ser algo que definirá um pouco o futuro do Márquez. Vou parar por aqui porque sinceramente não depende de mim: é um assunto entre ele e a Honda. E vou parar por aqui porque se tivéssemos interesse teríamos contratado ele e não o Morbidelli para a moto oficial da Pramac“. Em qualquer caso, o acordo Marc Márquez-Gresini não é viável. “Não há nada nesta etapa que seja impossível“.
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Crédito da foto: MotoGP.com