Depois da vitória no MotoGP Sprint, mais uma corrida mais que sólida para Jorge Martin. Porém, no GP de domingo nem tudo correu bem, na verdade ele enfrentou dificuldades muito maiores. Queremos falar do traje da Alpinestars que de repente apareceu aberto e que o porta-estandarte da Pramac teve que fechar rapidamente a cerca de 200 km/h, para não incorrer em penalidade? Mas também podemos mencionar a cena no final da corrida, com Martin literalmente destruído no parque fechado e o Doutor Charte para resgatá-lo. Altas temperaturas e umidade considerável para este GP, uma grande dificuldade para a garotada de todas as categorias, que apareceu literalmente exausta no final do GP. Mas Martin sorri mesmo assim: o 2º lugar, graças ao acidente de Bagnaia, vale -13 na classificação geral, faltando 7 GPs! O sonho do campeonato mundial está mais vivo do que nunca para o espanhol e para a equipe Pramac.
Ternos abertos, aqui vamos nós de novo
Não é a primeira vez que assistimos a uma cena como esta no MotoGP. Os primeiros casos sensacionais ocorreram com Fabio Quartararo: em 2021 ele participou da final do GP da Catalunha com o traje aberto e portanto com o peito praticamente exposto, já que não havia babador. E nessa ocasião até chegou uma sanção… Em 2022 o porta-estandarte da Yamaha sentiu os efeitos deste problema: Grande Prémio de Aragão, Quartararo cai e no acidente o seu fato abre-se, deixando-o inevitavelmente com hematomas bastante visíveis e dolorosos. Ele não é o único, o segundo caso marcante é o de Jorge Martin.
A primeira vez remonta ao GP da Áustria de 2022, boa parte da corrida com o traje parcialmente aberto e um deslizamento final que felizmente não lhe causou problemas. Desta vez a cena foi eloquente: faltando 4-5 voltas para o final do GP da Índia, de repente surge a imagem do piloto da Pramac que, ao perceber o problema, consegue fechar rapidamente o zíper do traje, incrivelmente aberto! “Não foi fácil a 200km/h, mas consegui fechar. No entanto, perdi mais de um segundo” foi o próximo comentário. Lá Quartararo voltou à pista e tentou tirar-lhe o P2, que foi defendido pelo espanhol com as últimas forças.
Martin quase desmaiou
Outro momento que dispensa comentários é o retorno ao pit lane. Jorge Martin tem de ser apoiado, luta para chegar ao parque fechado, aí senta-se contra as barreiras e quase desmaia, com o Doutor Charte a inclinar-se sobre ele para avaliar o seu estado. O piloto da Pramac está desidratado, exausto, mas depois consegue recuperar e subir ao segundo degrau do pódio, verdadeiramente conquistado com unhas e dentes neste Grande Prémio, a confirmação vem do próprio Martin.
“Pode acreditar em mim, desta vez eu dei 100%” admitiu o exausto piloto da Pramac, conforme relatado pelos seus colegas da Motosan. Apesar do problema com o traje, ele conseguiu manter um excelente ritmo. Mesmo que o cansaço tenha aparecido no final: alguns erros a mais e Fabio Quartararo apareceu imediatamente, pronto para aproveitá-los. “Corri longe e ele me ultrapassou”, disse Martin. “Mas consegui responder e terminei em 2º, estou muito feliz com isso.” O motivo é claro: agora está praticamente atrás do Bagnaia no campeonato. A luta mundial apenas começou novamente.
Foto: motogp.com