GP Indonésia, capítulo 2. Desta vez estamos na Tailândia, mas a chuva é a mesma e Miguel Oliveira é o governante novamente. Duas vitórias sazonais obtidas em condições idênticas, o português da KTM é verdadeiramente um mágico quando se trata de tirar o máximo partido nas condições mais difíceis. O GP de Buriram começa com pouca visibilidade e até aquaplanagem em alguns pontos, como admitiu o próprio Oliveira, mas nada o deteve. Curiosamente, a corrida de hoje foi vencida por duas duplas de motociclistas destinadas a se separar. Miller, piloto da Ducati da futura KTM, é o segundo atrás do português do futuro na Aprilia. Em Mattinghofen nunca esconderam o arrependimento pela assinatura do número 88 com outra marca, o sucesso de hoje não ajuda nesse sentido.
Feiticeiro da Chuva Oliveira
“Potencial para o Wet Thai GP em breve”, anexou uma foto de Oliveira que remonta à parada em Mandalika. Este é o post “profético” que apareceu no perfil social da KTM horas antes da corrida de MotoGP. A esperança da marca austríaca tornou-se realidade, o piloto #88 não perdeu esta maravilhosa oportunidade. Da 11ª posição da grelha, passou imediatamente para as primeiras posições, entre as Ducatis. Não sem dificuldade, de fato nas primeiras voltas ele realmente não empurrou. “Eu estava tentando ter uma pista limpa pela frente, mas era difícil ultrapassar sem cometer um erro.” Mais tarde, no entanto, ele conseguiu e partiu em busca de Miller, estudando-o por um longo tempo antes de tentar ultrapassá-lo. A primeira vez envolve a resposta do Ducatista, a segunda tentativa é a vencedora. Miller tenta novamente, mas Oliveira já está no comando e também consegue acumular alguns décimos. “Eu não posso explicar por quê. A moto estava rápida, eu também e consegui tirar vantagem disso.” Como na Indonésia, ele e sua KTM não lutam nessas condições.
Triunfo antes da despedida
“Tive excelente aderência, consegui rodar bem nas curvas 10-11 e acho que fez a diferença” adicionou Oliveira ao motogp.com. “Então minhas trajetórias foram um pouco diferentes das dele, consegui ter mais velocidade nas curvas… Um conjunto de coisas que me permitiram ter alguma margem.” A vitória de uma dupla histórica, que se vai separar no final da época de 2022. Aliás, Miguel Oliveira, depois de rejeitar a proposta da Tech3, vai vestir as cores da RNF Aprilia. É verdade que o piloto português passou por várias dificuldades neste campeonato, não é fácil encontrar a sensação com uma RC16 que, atualmente, não é a melhor moto do MotoGP. Mas, depois de se aposentar de Le Mans, Oliveira foi consistentemente nos pontos, até seis vezes entre os dez primeiros. Até recuperar a vitória no GP do Circuito Internacional de Chang marcado pela chuva. Após o regresso de Binder ao pódio em Motegi, mais um resultado que traz um sorriso à KTM num ano muito complicado. Mesmo que seja um triunfo amargo.
Foto: motogp.com