As bandeiras fúcsia, os brindes, as lágrimas. Antonella Bonfini, mãe de Enea Bastianini, depois da corrida de MotoGP ainda está tensa como uma corda de violino. Seus músculos estão contraídos, como se ela estivesse competindo. Tivemos uma conversa calorosa alguns momentos após a corrida.
“Que dia! Na Moto3, Moto2 também houve alguns acidentes – diz Antonella – Depois o forehand, a recuperação e a última volta sem fôlego!“.
Você achou que ele tentaria ou ficaria mais calmo?
“Conhecendo meu filho, estava convencida de que ele tentaria. Eu disse “tenta, tenta” depois pensei noutras coisas, no facto de ele ser um piloto oficial da Ducati, e fiquei indeciso. São muitos os elementos mas vendo que ele tinha recuperado e como ia, pensei que queria tentar ganhar e acho que tinha alguns”.
O que você sente?
“É inexplicável. São aquelas coisas que você tem que tentar e estar na figura exata porque se você não é o pai, ou a avó, o avô, você não entende o que estou sentindo agora. Levarei vários dias para me recuperar porque essa adrenalina permanece em mim, essa rigidez muscular que me impede de fazer as coisas cotidianas da mesma maneira. Faz isso comigo e meu marido“.
Você costuma ir às competições dele?
“Estivemos na Áustria e não lhe trouxemos sorte lá. Costumamos ir a corridas próximas, onde conduzimos também porque temos que trabalhar”.
Como você vai comemorar?
“Comemoramos com amigos, pizza, brinde. Somos pessoas normais, pessoas simples e uma família unida e talvez seja também por isso que todos no paddock nos amam”.
Enea Bastianini será o piloto oficial da Ducati. Vai mudar a sua vida também?
“Não, nossa vida não muda e nunca mudou. Eu e meu marido sempre fazemos o nosso trabalho, temos uma banca de microfibra, até roupas íntimas, no mercado. Escolhi este trabalho, gosto, aliás, lamentei não ter podido abrir a banca este sábado porque havia qualificações”.
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