Terminada a temporada de 2022, é hora de fazer um balanço. Neste caso, vejamos alguns dados da Superbike, voltando ao tema dos acidentes. Já mencionamos as camisas pretas do campeonato, mas vamos ver os circuitos individuais com mais detalhes. No geral, Misano é a pista que registou o maior número de acidentes em 2022. Mas não é a pista com a pior curva da época neste sentido. Vamos ver quem fica com essa ‘primazia’, resumindo todos os pontos mais “acidentais” de cada faixa.
Superbike, as piores curvas
Primeiro temos que ir para a França, na histórica pista de Magny-Cours. No total registramos 47 acidentes naquela pista, mas só na curva 5 temos a beleza de 15 quedas. Este é o máximo de todo o Campeonato Mundial de Superbike em uma única curva, mesmo que seguido de perto por outros circuitos. A uma altitude de 14 acidentes, aliás, há curvas em várias pistas diferentes. Um exemplo é a curva 1 do Estoril, mas ex aequo também temos o “Rio” de Misano e a curva 1 de Most. A cota 11 é o pico máximo alcançado por Donington Park e sua curva Goddard, o mesmo valor da curva 10 do Circuito de Barcelona-Catalunha. Seguimos então para a 9 com a curva 12 de Aragão e a curva 9 do Autódromo de Portimão, enquanto no lendário TT Circuito Assen há dois piores pontos, nomeadamente as curvas Stekkenwal (8) e De Bult (9), com oito quedas na cabeça . Continuamos com Phillip Island e sua curva 4, antiga curva da Honda e agora dedicada a Jack Miller: esse é o pior ponto da Austrália com 7 acidentes. Descemos para 6 na curva 11 do Circuito Mandalika International Street, para então fechar em San Juan Villicum, Argentina. Suas curvas 2 e 9 são as piores, mas com apenas 3 quedas no total.
Curvas sem acidentes
Assim como há os piores pontos, também apontamos áreas sem quedas na súmula do Mundial de Superbike 2022. A melhor é sem dúvida a pista argentina: em 9 curvas de 17 no total, ninguém caiu, portanto mais mais de 50% da pista. Uma porcentagem que não foi vista em nenhum outro circuito, onde a maioria das curvas sempre tem apenas um acidente sazonal. Apenas Mandalika se aproxima com 7 curvas ‘seguras’ das 17 no total na pista da Malásia. Para as demais, vamos em ordem cronológica: em Aragão apenas 5 das 17 curvas são imunes a quedas, 5 das 18 na rodada seguinte à Catedral de duas rodas. O Estoril segue com apenas 3 em 13 cantos, 4 em 16 no caso da etapa italiana em Misano, 3 em 12 cantos no total e depois para Donington Park. Das 21 curvas presentes no Most, apenas 3 não registaram acidentes, 4 das 17 no caso de Magny-Cours e apenas 2 das 14 de Montmeló. Para Portimão estamos a falar de 3 das 15 curvas ao todo, para concluir com Phillip Island com altitude zero em apenas 4 das 12 curvas.
Foto: worldsbk.com