Foi a partir de Imola 2005 com Gianluca Nannelli que a Ducati esperava o sucesso no Campeonato do Mundo de Supersport. No ano passado a marca italiana voltou à cena com a Panigale V2, aproveitando o novo regulamento “Next Generation”, mas devido a uma série de infelizes golpes baixos foi a única das seis marcas do início a nunca vencer. Niccolò Bulega, piloto oficial, quebrou o gelo em Phillip Island em uma corrida 1 caracterizada por mil curvas. Ao final do caos de acidentes, chuva às vezes, troca de pneus e relargadas, venceu o piloto que havia dominado os últimos testes de inverno e os treinos de sexta-feira. Assim terminou como esperado, no final de uma tarde louca. Grande alegria para Nicholas Spinelli, que batizou o pódio com apenas 21 anos, em sua estreia com a Yamaha VFT. Stefano Manzi que largou na pole terminou apenas em sexto.
Quantas reviravoltas!
A corrida começou no seco, mas com o grupo de pilotos castigado por rajadas repentinas de chuva. Na quarta volta Adrian Huertas e Yari Montella se tocaram e a bandeira vermelha foi mostrada para ajudar o espanhol, que permaneceu imóvel na pista. Montella se levantou imediatamente, mas com a clavícula esquerda quebrada. Já Huertas sofreu uma contusão lombar, pelo que foi levado ao hospital para exames mais aprofundados. Na hora de sair, começou a chover forte, então o procedimento foi suspenso para permitir a troca do pneu. Na incerteza geral, Bulega pegou o craque montando as chuvas. Manzi concentrou-se nos intermediários, mas o aumento da chuva nas dez voltas do reinício o traiu.
Mackenzie quinto!
Bulega, apenas décimo sexto no momento da parada, disparou como um míssil, assumindo imediatamente o comando das operações. Simplesmente inatingível, na pista em condições cada vez mais difíceis. Atrás dele foi a vez de surpresas, como John McPhee, que estava na parte inferior da classificação na sexta-feira e se exaltou no molhado ao conquistar um inesperado terceiro lugar. Spinelli, porém, foi ainda melhor: o menino da Lazio é de ficar de olho, vai se sair bem mesmo em condições normais. Manzi, em crise de aderência, também teve de ceder ao desafogado Tarran Mackenzie, que deu à Honda um inesperado quinto lugar. O ex-campeão do BSB (2021) praticamente não havia feito os testes, por falta de motor reserva, e largou no final do grid. Mas em condições difíceis ele se destacou, mostrando a todos do que ele é feito. Se a Honda lhe der uma moto…