Apenas a oitava vez geral no teste de Superbike na Catalunha, mas este resultado não deve enganar. Toprak Razgatlioglu não conseguiu fazer um bom ataque de tempo, mas seu potencial é maior. Os dois dias serviram para testar algumas inovações importantes tendo em vista a retomada do campeonato. Alguns funcionaram, outros não.
O turco sabe que será difícil bater Álvaro Bautista e a Ducati, provavelmente ainda mais do que no ano passado, dado que a nova Panigale V4 R colocou o atual campeão de SBK em ainda melhor forma. As duas primeiras rodadas do calendário de 2023 já deram uma indicação clara, porém será preciso ver quais serão os valores na Europa. O primeiro banco de testes será Assen (21 a 23 de abril), uma pista onde tanto a Yamaha quanto a Kawasaki podem sofrer.
Superbike, teste da Catalunha: comentários de Razgatlioglu
Razgatlioglu expressou as seguintes considerações no final do teste de Superbike em Montmelò: “O segundo dia não foi fácil, porque tentamos muitas partes. No geral, não estou feliz. O meu não é um tempo real, não tive um bom pressentimento com a moto para fazer o contra-relógio. Aprendemos muito com as notícias, que às vezes davam certo e às vezes não. Agora vamos pensar em Assen“.
A equipa Pata Yamaha Prometeon tem conseguido fazer alguns progressos ao nível da eletrónica e o piloto turco espera lutar pela vitória na próxima jornada de Superbike: “Melhoramos, mas no segundo dia não encontrei um bom acerto. No entanto, em geral, trabalhamos bem na parte eletrônica, mesmo que precisemos continuar melhorando. Não sei como será em Assen, não fomos muito fortes no ano passado. Agora melhoramos a aderência traseira e esperamos lutar para vencer. Normalmente o Rea é muito forte lá e o Bautista também. Acho que vou ser mais competitivo do que em 2022“.
Toprak aponta para o MotoGP em 2024
2023 é um ano muito importante para Razgatlioglu, já que seu contrato está terminando e ele terá que decidir o que fazer em 2024. Entrevistado por Speedweekele disse muito claramente onde gostaria de estar na próxima temporada: “Sonho em correr no MotoGP, lutar pelo título ou pelo pódio. Não quero apenas pilotar uma moto de MotoGP, é importante terminar entre os três primeiros. Sei que lá todos são fortes e próximos, então o primeiro ano não seria fácil e eu seria mais competitivo no segundo. No momento, estou pensando na MotoGP para o próximo ano. Se não der certo, o assunto estará encerrado para mim e ficarei no Mundial de Superbike“.
Toprak não esconde a vontade de aterrar na classe alta do Mundial em 2024 e haveria a possibilidade de dar o salto com a Yamaha, que tem um Franco Morbidelli na balança e que também avalia Jorge Martin como futuro companheiro de Fabio Quartararo : “Sendo piloto da Yamaha, tenho mais hipóteses com eles. Poderia haver um lugar na equipe de fábrica. Se não funcionar, posso avaliar outras equipes. Tenho um contrato que expira, talvez assine novamente com a Yamaha ou talvez vá com outra marca. Uma decisão não será tomada até meados do ano, provavelmente“.
Foto: Yamaha Racing