A Ducati ganha tudo: uma semana depois do campeão de Pecco Bagnaia no MotoGP, cabe a Álvaro Bautista em Superbike. La Rossa volta a ser a rainha dos derivados da série após uma longa espera de onze anos. Aos 37 anos, o espanhol terminou o jogo com o segundo lugar na corrida 2 na pista indonésia de Mandalika. O sucesso de palco do rival Toprak Razgtalioglu, que abdica do número um conquistado no ano passado, é inútil.
Que história!
Do topo das catorze vitórias da temporada e uma vantagem de 82 pontos, o triunfo antecipado na Indonésia estava nas cartas. Tanto que os figurões da Ducati se mudaram da Itália: o diretor técnico Luigi Dall’Igna e o grande chefe de corridas Paolo Ciabatti. Na fornalha Mandalika (68 graus no asfalto!) Bautista não venceu, mas tudo bem. Toprak Razgatlioglu consolou-se com o “hat-trick”, mas não conseguiu adiar a festa para a final da próxima semana, na Austrália. É também uma grande festa para Stefano Cecconi, o empresário toscano que perseguia o sonho do campeonato mundial desde 2015, tanto que se tornou o dono da equipe de Aruba que administra o compromisso oficial da Ducati em Superbike. Depois de anos de oportunidades perdidas, primeiro com Chaz Davies e em 2019 com Alvaro Bautista, finalmente é hora de levantar os braços para o céu.
Esperando por onze anos
A Ducati tem sido a marca a vencer no Superbike por décadas. Mas era desde 2011 que a marca italiana não conquistava o título das motos derivadas da série. O último foi o espanhol Carlos Checa, com o bicilíndrico 1098R. Álvaro Bautista levou a Panigale V4 R ao topo do mundo pela primeira vez, a primeira supermoto de estrada com um motor V de quatro cilindros produzido pela empresa Borgo Panigale. O espanhol já havia acalentado o sonho em 2019, mas dezesseis vitórias (onze consecutivas no início!) não foram suficientes: muitos erros, especialmente na fase de verão, para deter a Kawasaki de Jonathan Rea. Depois de dois anos na Honda, Bautista voltou para casa muito rápido, confiável e vencedor. Desta vez ele não falhou em sua missão. Com quase 38 anos, esta é a consagração do madridista, já campeão do mundo em 125 GPs em 2006. No próximo ano vai defender o título, novamente com a Ducati Aruba.
Sob controle
A corrida decisiva não teve história, porque aqui a Yamaha voa e Bautista só precisa verificar a situação. Se a situação do ranking fosse diferente, quem sabe que números Toprak e Alvarito teriam reservado para nós. Em vez disso, depois de algumas trocas, cada um deles conseguiu o que queria. Jonathan Rea também desta vez, como sábado, foi o manobrista: terceira posição. No dia 2 de dezembro, à frente do seu tempo, o norte-irlandês estará em Jerez para o primeiro teste com a versão Ninja ’23.
Epílogo na Austrália
O Campeonato Mundial de Superbike termina no próximo fim de semana em Phillip Island, Austrália. É um dos berços do campeonato, onde não é disputado desde fevereiro de 2020, devido a uma pandemia. É um retorno muito apreciado por entusiastas e pilotos. A mesma pista sediará a abertura da Copa do Mundo de 23 no final de fevereiro.

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