Em Superbike, a valsa dos limitadores segura a cena. Com base no sistema de balanceamento de desempenho extremamente complicado e análise de desempenho, resultados etc. via algoritmo, no golpe da sétima rodada da temporada, a Kawasaki de Jonathan Rea (e obviamente a de seus companheiros de marca) ganha mais 250 voltas. A comunicação vem de Federmoto Internazionale, juntamente com a confirmação oficial do corte de 250 rotações do limitador na Ducati V4 R de Álvaro Bautista (e obviamente dos seus companheiros de marca) que já havia vazado ontem. Aqui nossa antecipação e análise das reflexões técnicas.
De volta ao passado
Assim, em resumo, a partir de Imola a Ducati não conseguirá passar das 15.600 rpm, contra 16.100 no início do Campeonato do Mundo, enquanto o limitador Kawasaki sobe para 15.100 (valor de início de temporada 14.600). Desde os primeiros testes da etapa de Imola, o Ninja poderá rodar tanto quanto já poderia ter feito no Mundial de 2021, caso os dirigentes da Kawasaki não tivessem cometido um erro no procedimento de homologação, levando Federmoto a impor a mesmo limite de rotações do modelo anterior.
Preencheu a lacuna?
Os mais atentos vão lembrar-se dessa confusão: Jonathan Rea e Alex Lowes tinham feito todos os testes de inverno com o motor regulado para 15.100, ajustando as relações de caixa internas para este valor (que em Superbike, por regulamento, não pode ser alterado durante toda a época). e todo o conjunto. Três dias antes da rodada inicial em Aragão, a FIM disse “niet”, o que significa que os pilotos da Kawasaki correram com a configuração errada o ano todo. Jonathan Rea vinha de seis Mundiais seguidos, desde então a série foi interrompida.
Ajuda na hora certa
Para o jogo do calendário, a alteração do regulamento ocorre pouco antes do encontro que Jonathan Rea esperava com mais esperanças. Aliás, já venceu nove vezes em Imola, triunfando também na época da Honda CBR-RR, que certamente não foi um parafuso de guerra. Nessas subidas e descidas que Enzo Ferrari chamou de “pequena Nurburgring” (a de 22 quilômetros à moda antiga, claro…) o norte-irlandês sempre fez a diferença. Serão mais 250 voltas suficientes para preencher a lacuna que a Kawasaki vem mostrando desde o início da temporada não só contra a Ducati, mas também contra a Yamaha? Teremos o veredicto no domingo à tarde.
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