As redes sociais são uma grande invenção, não há dúvida. Eles permitem que milhões de pessoas expressem seus pensamentos, comparem opiniões e também obtenham informações. Infelizmente, também existem aqueles que os usam de maneira errada para zombar, insultar ou até mesmo ameaçar. Jonathan Rea sabe algo sobre isso, que nos últimos dois anos tem sido alvo dos chamados haters, especialmente dois episódios específicos que ocorreram em Magny-Cours.
Em 2021 foi insultado e ameaçado porque após a Superpole Race pediu à equipa Kawasaki para verificar se Toprak Razgatlioglu tinha acabado no green na última volta da Superpole Race. Houve recurso e o turco perdeu a vitória para Jonny. Em 2022, porém, derrubou Álvaro Bautista na Corrida 2 e também nessa ocasião foi alvo de muitos comentários negativos, alguns decididamente pesados.
Superbike, Jonathan Rea e a relação com as redes sociais
Rea não é daqueles que costuma dar muita atenção ao que está escrito nas redes sociais: “Como um homem jovem – ele disse ao Speedweek – Eu sempre quis saber o que as pessoas estavam dizendo sobre mim. Hoje sei mais e não saio em busca de opiniões, principalmente depois de situações delicadas. Sempre tento me comportar bem e sair do paddock com dignidade. Cada um tem uma opinião e pode falar o que quiser“.
O hexacampeão mundial de Superbike cuida pessoalmente de seus perfis, exceto nos finais de semana, quando está ocupado nas rodadas do campeonato: “Minha irmã e uma amiga estão cuidando disso. Eles fazem isso direito e são rápidos em deletar comentários negativos. Minha irmã uma vez me disse que havia deletado um comentário muito negativo no Instagram. Um cara com uma foto minha e do meu cachorro escreveu que queria vir e quebrar nossos ossos. Que tipo de pessoa escreve uma coisa dessas? Meus fãs podem me defender, mas não devem insultar ninguém“.
Muitos insultos aos pilotos
Infelizmente, já é costume ler tantos comentários de mau gosto para com os pilotos. Varia de provocações a insultos gratuitos. Muita gente tem pouco respeito por atletas que vão para as pistas se arriscando para fazer o que amam e dar um show para o torcedor. A crítica, especialmente se construtiva, faz sentido. E às vezes também pode haver alguma provocação agradável ou aceitável. Em vez disso, não pode haver lugar para quem extrapola certos limites, chegando mesmo a enfrentar fortes insultos e ameaças.
Infelizmente, muitos seguem o motociclismo (e não apenas) com o espírito errado. É um esporte que deve ser vivido com a leveza certa, curtindo as competições e torcendo para os favoritos sem a necessidade de “derrubar” os adversários. A ignorância deve ser deixada de lado para dar lugar à cultura esportiva e à pura paixão.
Foto: Kawasaki Racing