Na Indonésia, grandes comemorações para Álvaro Bautista e Ducati, que levaram o que não haviam conquistado em 2019. A conquista do título de pilotos de Superbike é uma grande satisfação para ambas as partes.
O construtor de Borgo Panigale não o vencia desde 2011, ano em que Carlos Checa triunfou com a equipa Althea aos comandos do 1098R. O insucesso durava muito tempo e a alta direção queria triunfar no Mundial de SBK com o V4 R, o primeiro quatro cilindros da marca bolonhesa.
A moto estava pronta para vencer e o castelhano também, que aprendeu a lição de 2019 e amadureceu em meio a muitas dificuldades nos dois anos com a Honda. A decisão de voltar a correr com a equipe italiana se mostrou acertada. Realizou o sonho de se sagrar campeão mundial pela segunda vez, depois da primeira em 2006 em 125 com a Aprilia. Depois de John Kocinski e Max Biaggi, ele é o terceiro a conquistar um título primeiro na MotoGP e depois nas SBK.
Bautista, título muito especial de Superbike
Entrevistado por COMOBautista conseguiu explicar qual foi a chave do seu sucesso em 2022: “Foi um ano incrível, fomos muito consistentes e também muito rápidos. Derrotamos dois pilotos de altíssimo nível, quebramos recordes em todas as pistas e fomos competitivos em todas as pistas, mesmo nas desfavoráveis. Além disso, cometemos poucos erros”.
Alvaro reconheceu o valor altíssimo de adversários como Toprak Razgatlioglu e Jonathan Rea. Por isso, quando questionado sobre qual é o seu título preferido, não teve dúvidas particulares: “Esta Superbike é muito especial, quase mais do que a de 2006, porque é mais difícil. Em 125 lutei apenas com Mika Kallio, desta vez tive dois rivais em Razgatlioglu e Rea”.
SBK, Razgatlioglu e Rea valem o MotoGP?
Ele é o segundo espanhol a vencer o Mundial de SBK depois de Carlos Checa. Ele espera que este triunfo ajude a gerar mais interesse pela categoria na Espanha: “Lá era visto como um campeonato de segundo escalão, mas não é bem assim. Pensei a mesma coisa quando estava no MotoGP, mas felizmente pude conhecê-lo. É diferente, com motos diferentes, e o nível é alto. Acho que Toprak e Jonathan podem lutar pelas primeiras posições na MotoGP”.
Razgatlioglu e Rea da MotoGP de acordo com Bautista. O piloto da Kawasaki só experimentou a primeira classe em 2012, quando rodou pela Honda na Superbike e foi chamado para substituir Casey Stoner em duas corridas. Já Toprak só fez um teste com a Yamaha M1 e existe a hipótese de saltar de categoria em 2024. Só quer fazê-lo para correr numa equipa oficial, senão fica onde está é agora.
Ducati e Alvaro, um último golo na Austrália
No próximo fim de semana, o Campeonato Mundial de Superbike fará uma parada na Austrália para a última rodada do calendário de 2022. A Ducati e seu campeão têm outro importante objetivo a alcançar: a conquista do título de construtores. Com 584 pontos, contra 535 da Yamaha, a sensação é de que em Phillip Island haverá mais uma festa para a equipe italiana.
No papel, a pista deve combinar muito bem com as características da Panigale V4 R. Foi aí que Bautista se estreou nas SBK em 2019 com a vermelha e desde logo marcou um hat-trick, um choque para todos. Nem ele conseguia entender por que estava indo tão rápido, dando grandes brechas para os rivais. Três anos depois, algumas coisas mudaram. Para melhor, definitivamente.
Foto: Instagram @WorldSBK