Para a Honda, 2023 não é um ano emocionante em termos de MotoGP e Mundial de Superbike, os resultados estão muito abaixo das expectativas. No campeonato derivado de série, pouco adiantou o facto de poder aproveitar as Super Concessões, realizando trabalhos extra no chassis que não permitiram um verdadeiro avanço.
Não se pode dizer que a equipe HRC não esteja se esforçando, os engenheiros chegaram diretamente do Japão na garagem para ver o projeto em primeira mão. E nos testes não faltam inovações técnicas, mas os resultados falam por si e são decepcionantes. Apenas um pódio, obtido por Xavi Vierge na Corrida 2 na Indonésia, e o penúltimo lugar na classificação de construtores (+1 no BMW).
Superbike, Lecuona descontente com a situação na Honda
A equipe Honda estará entre os que estarão em ação nos dias 29 e 30 de agosto em Aragão para um importante teste. Iker Lecuona espera que sejam trazidas algumas atualizações úteis para melhorar a CBR1000RR-R Fireblade: “Presumo que haverá algumas peças novas – disse à Semana rápida – e vamos testá-los. Mas não terei certeza até estar na pista na segunda-feira. Temos que mudar o acerto da moto em praticamente todas as pistas“.
Não foi encontrada na HRC uma base satisfatória para construir o resto do desenvolvimento. Lecuona esperava muito mais em 2023 e estava muito confiante no início da temporada, agora não sabe o que esperar: “As atualizações ajudam, mas não são suficientes. Ainda não encontramos a chave para avançar. Não podemos nem dizer exatamente qual é o problema. Achamos que sabemos, mas temos que experimentar peças novas”.
Que futuro para Iker?
Enquanto se aguarda o teste de Aragão, não faltam rumores sobre o futuro do piloto espanhol. O gerente da equipe, Leon Camier, admitiu que há desejo de confirmar ele e Vierge nas Superbike para 2024. No entanto, o sonho de Lecuona é retornar à MotoGP. Só permanecerá onde está se não tiver alternativas melhores.
Este ano pôde competir no MotoGP como suplente e gostaria de o fazer de forma permanente. Um cenário que só poderia acontecer num caso: se Joan Mir rompesse o contacto com a Honda. Há rumores sobre o desejo do bicampeão mundial de migrar para a equipe Gresini para pilotar uma Ducati. Nesse caso, seria Johann Zarco (por agora anunciado com a LCR) quem passaria para a equipa oficial da Repsol com Marc Márquez. E na equipe satélite haveria uma posição que Iker aceitaria de bom grado se fosse oferecida. E quem o substituiria na equipe de Superbike? As hipóteses de Axel Bassani e Michael Rinaldi sempre circulam.
Foto de : Honda Racing