Finalmente Danilo Petrucci conquistou seu primeiro pódio no Campeonato Mundial de Superbike. Venceu a Corrida 2 em Donington Park, onde foi rápido e confirmou as melhorias já vislumbradas em Misano Adriatico. Ele também brincou com a possibilidade de terminar em terceiro na Corrida 1, mas teria que arriscar muito para ultrapassar Jonathan Rea e preferiu se contentar com isso.
Em vez disso, na última moto ele teve ritmo para assumir a posição e mantê-la. Uma grande satisfação para ele e para a equipe Barni Racing, que não sobe ao pódio desde a etapa argentina de 2018. Na época, ainda havia a bicilíndrica Ducati Panigale R e Xavi Fores pilotava. vamos ver se Petrux e a equipe de Marco Barnabò poderá se repetir no restante do campeonato SBK de 2023.
Superbike, Pugolotti comenta pódio de Petrucci em Donington
A atuação de Petrucci na Inglaterra emocionou muitos torcedores. Entre eles também Giuliano Pugolotti, maratonista e escritor, que comentou a façanha do cavaleiro de Terni com belas palavras:
“Bom Bom bom. Como não amar Danilo Petrucci. A sua é a história que faz felizes os amantes do desporto e os apaixonados pelo motociclismo. Ele é o bom herói, aquele que muitas vezes foi esbofeteado e ressuscitou todas as vezes. Genuíno, caipira e direto, tão bonitão com aquela bunda que o tira do mundo falso e cool em que vivemos. Alguém que mistura sentimentos, emoções, técnica, raças, memórias quando fala. Eu acredito que eles o querem de volta na América. Quem entende muito de comunicação já viu direitinho.
Afinal, Petrucci é o intérprete esportivo que lembra os filmes de Rocky Balboa. Pode não ter o talento de Márquez, mas sabe jogar o coração por cima do obstáculo como ninguém. E ele sabe resistir em um mundo que queima tudo e esquece num piscar de olhos. Dez pódios, duas vitórias não foram suficientes para um lugar no MotoGP. Saiu em silêncio, depois o Dakar (quem diria) o Moto América e aqui sem parar com uma equipa privada. Rocky Danilo, parecia acabado, encurralado e aqui está. Com aquele estilo próprio. Braços abertos para agarrar o guidão como os chifres de um touro e depois para baixo com força no acelerador. Técnica e coração.
Como não agradecer ao Rocky Danilo, alguém pronto para sofrer quando há para sofrer, para lutar quando há para lutar. Lembro-me da segunda vitória no MotoGP naquele vídeo de Le Mans. Aparece toda a espontaneidade do seu mundo. Parece uma eternidade que era apenas 2020, À noite, em frente à Siderúrgica de Terni, um grupo de entusiastas para celebrá-lo. Bombas de fumaça, buzinas, hip hip hurra. Para o palco, a carroceria de uma van de construtora. E aí Danilo, lindo como o sol, surpreso com tanta festa que desabafa: Achei que era greve dos siderúrgicos. Há uma necessidade disso. Precisamos de histórias como essas. Há uma necessidade como pão para alguém assim. Lembre-se que andar de moto“.
Foto: Barni Spark Racing Team