Talvez no início da Corrida 1 eles pensassem que Álvaro Bautista era vencível, mas logo Toprak Razgatlioglu e Jonathan Rea tiveram que desistir e se contentar em subir ao pódio. Nem o turco, que fez um hat-trick em 2022, nem o hexacampeão mundial de Superbike conseguiram parar o piloto da Ducati em Donington Park.
O circuito inglês parecia ser o local ideal para a sua redenção, depois das muitas pancadas sofridas neste campeonato de 2023. O próprio Bautista admitiu que esperava que ambos lutassem para vencer. Em vez disso, após alguns combates iniciais, vimos outra dominação dos espanhóis. Domingo as dez voltas da Superpole Race serão outra oportunidade e depois veremos como corre a Corrida 2.
Superbike Donington, a frustração de Jonathan Rea
No final do dia, Rea foi muito direto ao expressar seus pensamentos sobre Bautista: “É fodidamente impossível de seguir. Quando ele ultrapassou Toprak – relatórios crash.net – Achei que Toprak iria ultrapassá-lo na chicane. Mas quando os vi na reta novamente, estava a quilômetros de distância. Como tal coisa pode ser feita? É impossível. O incrível é que não gastou o pneu traseiro“.
Na Corrida 1 em Donington, o piloto da Kawasaki conquistou o 150º pódio no Mundial de SBK, uma amarga satisfação em todo o caso pela forma como a corrida decorreu: “Com o Toprak na frente me senti tranquilo – completou – depois chegou o Álvaro e o ritmo foi mais rápido. Tentei dar mais, travar no limite e talvez tenha exagerado um pouco. Havia muita aderência, a tração traseira era boa, mas a moto estava empurrando nas curvas e se eu tivesse puxado o freio dianteiro novamente teria caído. Precisamos de um pouco mais de liberdade“.
Até Razgatlioglu admite a superioridade de Bautista
Razgatlioglu foi talvez o vencedor mais cotado em Donington Park, mas não conseguiu fazer nada contra o poder excessivo de Bautista: “O início da corrida foi positivo e gostei. Depois disso tentei alcançar o Bautista, mas foi impossível porque ele teve uma aceleração incrível em todas as retas curtas. Para mim foi impossível ultrapassá-lo, porque a diferença de aceleração é muito grande. Ano passado a moto dele não era tão rápida, agora estou quase chocada. Se voltar a vencer amanhã e em Imola, o campeonato será facilmente dele“.
O piloto da equipa Pata Yamaha Prometeon não pode ficar satisfeito com a forma como correu: “não estou feliz – explica – porque no ano passado aqui ganhei três corridas. Espero que amanhã possamos melhorar o trepidação e a aderência traseira para podermos lutar pela vitória. Álvaro é rápido, mas a Ducati fez uma grande melhoria na moto. Até as marcas japonesas precisam melhorar suas motos, o que vale também no MotoGP“.
Foto: WorldSBK