Nunca houve um piloto tailandês capaz de obter os resultados de Somkiat Chantra. Já houve pilotos do seu país em todo o mundo, mas nenhum foi como o #35 da equipa liderada por Hiroshi Aoyama. A primeira pole position histórica obtida hoje, mesmo em casa, diante de sua torcida, é mais uma consagração. Fruto de uma paixão asiática por motores que está levando a resultados concretos, por meio de um movimento cada vez mais competitivo. Como aquela Asia Talent Cup que foi o trampolim para Chantra, campeã de 2016 no final de uma última rodada cheia de reviravoltas. Agora é de facto um dos melhores pilotos de Moto2 e está a tornar-se o guia e modelo de referência deste fenómeno. Também para Keminth Kubo, o segundo tailandês na categoria, mas este ano engajado em uma temporada de estreia complexa.
Um mercado chave e seu novo herói
Por vários anos, a Tailândia tem sido um dos mercados mais importantes da Ásia. Aqui a Honda, mas também a Ducati, construíram fábricas que produzem não apenas ciclomotores, mas também motocicletas “premium”. Perto do circuito de Buriram, por exemplo, há um sofisticado Ducati Café, destino diário de centenas de clientes da marca italiana. Lá os ducatisti encontrarão a loja, a oficina e uma área de refresco obviamente marcada pelo sabor “made in Italy”. O mercado tailandês vale bilhões: não é por acaso que a Dorna pisou lá pela primeira vez, trazendo-nos a Superbike e mais recentemente o MotoGP. Há indústrias e uma população jovem, com alta capacidade de gasto, em busca de bicicletas de estrada emocionantes e um pouco glamourosas. A paixão pelo esporte sempre esteve presente, faltava o piloto vencedor. Somkiat Chantra já é uma celebridade e estamos apenas no começo.
A história continua
A torcida da casa está respondendo muito bem a este retorno ao Mundial após a pausa forçada. Mas ele também está fazendo de tudo para empurrar sua querida para a classe média. Placas com o número 35, camisetas e bonés comemorativos, as grandes bandeiras tailandesas bem visíveis nas arquibancadas… Somkiat Chantra, há muito “azarão” também para seu país, agora está recebendo apoio e atenção incríveis, mais uma motivação para fazer Nós vamos. Vimos logo: perpetuamente nas áreas altas desde o TL1, hoje ele foi solto na classificação, logo terminando na liderança e com o objetivo de manter o resultado até a bandeirada. Depois da primeira vitória e dos primeiros pódios, eis a primeira pole position assinada por um piloto tailandês. Agora, espero que na cereja do bolo da corrida, repetir o triunfo indonésio em casa seja realmente um resultado estelar. Mas já Chantra não para mais: com a pole de hoje ele escreveu mais uma importante peça da história do MotoGP. Assim como, como mencionado, a Tailândia e todo o movimento asiático em crescimento contínuo.
“Chantra tem uma grande chance!”
Não há falta de interesse público neste GP Ratthapark Wilairot. O tailandês mais longevo do Campeonato do Mundo, com temporadas completas ou participações esporádicas entre 2007 e 2016, sempre nas 250cc/Moto2. Antes de Chantra, ele era a grande esperança do país, o melhor com aquele quase pódio no GP da Holanda de 2010. Agora só há orgulho para aquele jovem e muito rápido compatriota. “Este ano ele realmente encontrou algo para dar o salto” Wilairot apontou para o motogp.com. Por isso, ele também parabeniza a Honda Team Asia. “Ele e Ai Ogura estão trabalhando juntos. É realmente difícil encontrar dois pilotos competitivos na mesma equipe, mas eles são os companheiros de caixa perfeitos!” Chantra sentirá a pressão na corrida? “Talvez ele fique um pouco mais nervoso” Wilairot admitiu. “Mas os fãs são todos para ele e eu só posso desejar que ele seja capaz de fazer o seu melhor. Ele tem uma grande chance!”
Foto: motogp.com