Jonathan Rea assinou um contrato em julho que o vinculará à Kawasaki até 2024 e o fez após receber garantias técnicas específicas. Ele já conquistou seis títulos mundiais de Superbike, mas ainda tem fome de vitórias.
O fabricante de Akashi prometeu a ele uma Ninja ZX-10RR mais competitiva e nos testes de pré-temporada entenderemos se realmente houve progressos significativos em relação a 2022. O primeiro encontro das equipes em 2023 será nos dias 25 e 26 de janeiro em Jerez de la Frontera. Lá será interessante ter uma ideia de quem trabalhou melhor durante o inverno. Embora o fundamental obviamente seja estar pronto para o início do campeonato nos dias 24 e 25 de fevereiro em Phillip Island.
Jonathan Rea pede esforço à Kawasaki
Rea sabe muito bem o que precisa para poder lutar contra o atual campeão Álvaro Bautista e poder apontar para o sétimo campeonato mundial de Superbike: “Precisamos de mais poder – reiterou um Notícias BikeSport – porque várias vezes aconteceu que foram duas ou três retas e é difícil recuperar a diferença. Você tem que correr riscos. Ele não vai gostar de admitir, mas acho que ele tem estado muito no controle este ano.“.
O norte-irlandês acredita que Alvaro conseguiu administrar muitas situações de corrida em 2022, tendo uma sensação perfeita com a Ducati. Ele espera ter mais força no ano que vem, mesmo que não seja algo simples: “Na Superbike, as motos são produzidas – explica – e não se pode criar uma nova num passe de mágica. Já no ano passado a Kawasaki fez uma nova moto com nova aerodinâmica e diferentes componentes do motor. É difícil mudar de novo“.
Johnny também destaca as qualidades de sua Ninja ZX-10RR: “Agora precisamos de potência, mas a moto é muito forte em termos de chassis e eletrónica. Podemos fazer coisas fantásticas, especialmente quando temos aderência e em baixas temperaturas. Precisamos progredir nas voltas finais em condições de alta temperatura. Eu preciso de mais tração da parte traseira quando o aperto cai“.
Johnny, sim ao limite de peso da Superbike
Rea também foi questionado sobre seu ponto de vista sobre o pedido de Scott Redding para introduzir um limite de peso de motociclista em Superbike: “Honestamente, eu tento ser bastante neutro – ele admite – porque minha opinião não é importante. Sou um piloto mediano, não sou baixo nem alto. Eu entendo os outros pilotos, é frustrante. Redding e Baz são magros, mas de terno pesam quase 100 libras e estão em desvantagem. Quando aceleram, desaceleram e mudam de direção, a energia que transmitem à moto e, portanto, aos pneus é maior“.
O hexacampeão mundial de SBK se diz a favor dessa novidade, que devemos ver a partir de 2024, e toma outras categorias como exemplo: “Outros campeonatos como Moto2, Moto3, Supersport 300 e Supersport 600 funcionam bem com esse limite. Acredito que estará lá a partir de 2024. Quanto mais cedo for introduzido melhor“.
O piloto da Kawasaki também comparou Bautista e seu companheiro de equipe Rinaldi, que é menos eficaz com a outra Ducati Panigale V4 R: “Ele é o único que pode ser tão rápido. O Rinaldi é mais rápido que eu nas retas, mas não perco muitos metros com ele. Álvaro pesa 10 quilos a menos e por isso é difícil. No entanto, ele é um vencedor do Grande Prêmio e tem um grande pedigree. Rinaldi é bom, mas Bautista não. Respeito-o pelo que faz, é inteligente e aprendeu muito desde que chegou ao Superbike“.
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