Amanhã em Jacarta, na Indonésia, a equipa Monster Yamaha dá início à série de apresentações de equipas do MotoGP para a época de 2023. Como é sabido, um lançamento da equipe substancialmente para fins patrocinadores e, considerando a localização, comerciais. A Indonésia hoje, fato já amplamente conhecido, representa um dos mercados mais importantes para os fabricantes de motocicletas. Ainda mais o Sudeste Asiático, cada vez mais o destino de Grandes Prêmios de primeira classe e, consequentemente, de eventos promocionais-comerciais de vital importância para os escritórios de marketing dos fabricantes. Segundo o costume, portanto, o que veremos não será o YZR-M1 na configuração de 2023. Presumivelmente, um 2022 (se não mesmo uma versão anterior..) vestido com as novas (?) cores e nada mais. Neste caso específico, nada mal. Por outro lado, o que mais nos interessa monitorar na caixa Tre Diapason está no “coração” da M1.
YAMAHA MOTOGP PROCURA CAVALOS
A necessidade da Yamaha preencher a lacuna do automobilismo com a concorrência é de domínio público. Pedido expresso de Fábio Quartararo que, em suma, gostaria que a vida fosse um pouco mais fácil do que se condenar em milagres eucarísticos na tentativa de enfrentar a concorrência. As primeiras evoluções introduzidas nos testes de Misano haviam melhorado o ânimo do campeão mundial de 2021, menos do que se experimentou em Valência. UMA “O diabo” Sinceramente, não conseguiu esconder a sua desilusão por um substancial nada ter feito neste sentido, mas com a esperança (e confiança) de que algo mude nos Testes de Sepang.
YAMAHA INVESTIMENTOS
Para manter Fabio Quartararo e, ao mesmo tempo, incentivar o renascimento competitivo de Franco Morbidelli, a Yamaha ofereceu garantias a esse respeito. A adição de Luca Marmorini, com um passado formulaunístico (Ferrari, Toyota, Ferrari novamente) e recentemente seguindo a Aprilia, confirma a firme vontade de Iwata de encontrar uma solução o mais rápido possível. O testador Cal Crutchlow promoveu as melhorias testadas no último período, enviando uma mensagem relaxante e tranquilizadora especialmente para o bom FQ20.
DE VOLTA ÀS ORIGENS?
Conceitualmente, as Yamahas são universalmente reconhecidas como motocicletas fáceis de dirigir e manusear, com excelentes curvas, às vezes até em detrimento das habilidades do motor. Originalmente, era quase exatamente o oposto. Pelo contrário: nos primórdios da empresa, tudo era focado no “cavalaria” (no sentido de cavalos, ou quilowatts, se preferir), um parâmetro com a concorrência e apurar e transmitir o desenvolvimento tecnológico de seu produto para o mundo.
ESTREIA E PRIMEIRAS VITÓRIAS EM ALGUNS MESES
Uma filosofia que nos leva à génese (não, não estamos a falar da Yamaha Gênese..) da casa de Iwata, mesmo que na época a principal base operacional estivesse localizada em Hamamatsu. Em 1955, a NIPPON GAKKI lançou sua divisão de motocicletas Yamaha, com a firme convicção de focar nas competições esportivas embrionárias do Sol Nascente para promover o produto. Em particular o YA-1 125cc, imediatamente vitorioso na classe por “motocicletas comerciais” (onde nenhuma modificação do modelo de produção foi permitida) da Mt. Fuji Ascent Race. Isso em julho de 1955, poucos meses após o nascimento da empresa, mas já capaz de levar 7 exemplares do YA-1 aos 10 primeiros lugares na competição realizada aos pés do Monte Fuji.
O MILAGRE DE 1955
O próximo desafio teria colocado a Yamaha contra Honda, Suzuki, Meguro, Marusho e, quem tem mais, coloca mais na corrida.”regina” do tempo. Organizada pelos mesmos fabricantes e com financiamento do governo, a Asama Highlands Race (mais tarde Asama Volcano Race) foi a corrida mais importante. Por último, mas não menos importante, absolutamente para ser ganho. Por sua própria essência e prerrogativa, é uma vitrine publicitária para os fabricantes japoneses de motocicletas. A recém-nascida Yamaha não poderia faltar e, acima de tudo, não poderia falhar. Considerando que, no papel, se apresentava como um desafio muito mais exigente do que a Fuji Ascent Race, era necessário preparar-se devidamente. Também inventando verdadeiros milagres.
PODER DOBRE EM DOIS MESES
Paralelos com a realidade contemporânea são no mínimo impensáveis, mas é como pensar em como, em 1955, a determinação dos engenheiros da Yamaha fez a mágica acontecer. Em preparação para a Asama Highlands Race, o presidente Kawakami ordenou que a equipe técnica dobrasse a potência de seu YA-1. Impossível! Ainda assim, eles conseguiram. Em apenas dois meses, pouco antes da corrida, a potência da moto passou de 5 para 10 cavalos. Para a época, algo extraordinário. De incrível.
DOMINIO YAMAHA EM GARA
Nem tudo correu bem, basta pensar que vários motores (também pelo facto de rodarmos a 1.000 metros de altitude) literalmente viraram fumo nos testes da véspera, resultando numa corrida contra o tempo para trazer do Departamento de I&D para cima para o Monte/Vulcão Asama as unidades sobreviventes na fazenda. No final, a corrida revelou-se um sucesso, com 4 Yamahas no top 4, batendo a estreante Suzuki e a queridinha Honda Benly 125s. Vencer apesar do abandono do mais aguardado piloto da Yamaha, Taneharu Noguchi, que saiu de ação na terceira das quatro voltas programadas apenas para um motor KO. Um motor levado ao limite, tanto que os YA-1 na subida em direção ao Rancho Asama ficaram inacessíveis para qualquer um, ganhando segundo após segundo contra seus rivais. Bem: uma M1 muito rápida em linha reta seria realmente um sonho para Quartararo e Morbidelli. Possivelmente, não é um sonho utópico…