À sua maneira, Pierfrancesco Venturini já é personagem do CIV. O piloto romano de cabelos encaracolados nascido em 2009 (completou 15 anos no dia 3 de janeiro) enfrenta a sua primeira temporada na categoria Moto3, já conseguindo reportar bons resultados. Nos treinos e na qualificação o Talento Azzurro teve um bom desempenho, na Corrida 1 apenas um problema técnico nas últimas voltas o impediu de terminar logo fora do pódio, na Corrida 2 infelizmente bateu em um lado alto sem quaisquer consequências. O porta-estandarte da AC Racing já aparece como um dos caras para ficar de olho no CIV Moto3, mas você conhece a história dele? Ele mesmo nos conta isso.
Pierfrancesco Venturini, onde começa sua viagem de moto?
Meu pai sempre quis que um de nós andasse de moto. Comecei em 2017 com uma Ohvale, nos dois anos seguintes venci o italiano na Ohvale 110 automática. Continuei na GP0 110 e 160, mas não me senti tão bem, depois em 2019 mudei para o MiniGP no CIV Junior, onde também corri em 2020. Houve uma queda incrível lá, sempre cheguei em último com um gap: Fui ótimo com a moto, não fiz muita velocidade.
Segue-se a transição para o CIV PreMoto3.
Em 2021 fiz as últimas três corridas com a GP Academy, foi uma estreia muito boa que nos levou a fazer 2022 inteiro com o GP Project 2WheelsPoliTO. Em 2023 mudei para a AC Racing, equipe que sempre gostei, e no ano passado comecei a conseguir alguns pódios, fiquei muito feliz. Este ano ainda estou com eles, mas estamos vendo como é esta Moto3.
Como é essa mudança? Fisicamente você deveria estar melhor.
Sim, estou feliz com a Moto3 porque agora consigo sair bem das curvas, o que não consegui com a PréMoto3. Esperava ficar um pouco mais atrás em Misano, mas a qualificação correu bem, na Corrida 1 fui 4º e só terminei em 8º devido a um problema de motor nas duas últimas voltas. O importante era passar sob a bandeira quadriculada. É uma pena o acidente na corrida 2, poderia ter conseguido um pódio… Mas gosto muito da Moto3, ainda tenho que me acostumar com a potência e fiz um highside para isso também, mas é legal, vai rápido.
Você tem um piloto de referência que te inspira?
Obviamente eu gostaria de ser como todos os do Mundial, eles chegaram lá, então tiro o chapéu, eu os respeito do começo ao fim. Uma coisa que gostaria muito de dizer é que também consegui chegar ao Mundial! Para a Moto3 ainda precisamos de mais, mas podemos chegar lá. Existem talentos mas não são estranhos, com empenho é possível. Alguém que sempre trabalhou muito é o Luca Lunetta, que conheço bem: ele trabalha muito, é talentoso e chegou lá!
Dizem que você é um personagem explosivo, exagerado, mas que todo mundo te ama. E você ainda consegue dormir antes de uma corrida!
Gosto muito de socializar, de estar sempre com um sorriso, quando estou com raiva procuro não demonstrar. Antes das corridas… tenho muita ansiedade e sinto isso, mas não sei porque começo a bocejar e fico com um pouco de sono. Porém, assim que coloco o capacete, com toda a adrenalina que tenho, acordo imediatamente e estou cheio de energia. Por um lado também se pode dizer que me concentro mais.
O que muda entre o piloto Venturini e a pessoa?
Eles sempre me dizem que sou muito bom. Quando entro na pista, porém, posso me tornar mais desagradável, não muito, exceto quando algo dá errado para mim, como o motor nas duas últimas voltas da Corrida 1. Quando voltei para a garagem tive vontade de quebrar tudo, me senti assim, mas no final ainda mantive a calma.
Quais são os seus objetivos sazonais no CIV Moto3?
Ano passado eu queria chegar na frente, mas me nocautearam duas vezes e uma vez eu me nocauteei. Três quedas são muito, mas terminei em 4º, a um ponto do 3º. Este ano, além do Ruda e do Bartolini que são muito fortes, há pilotos que têm muita experiência na Moto3. O Lolli, por exemplo, vai um pouco mais rápido que eu, mas aos poucos vou chegando perto dele! Gostaria de subir ao pódio, ficar sempre na frente e marcar o máximo de pontos possível.
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