Em Misano, em 2021, sagrou-se campeão mundial ao terminar em segundo na linha de chegada, este ano Fabio Quartararo na Emilia-Romagna terminou em décimo quarto na corrida de velocidade e em décimo terceiro na corrida longa. Um desastre. É claro que largar do décimo terceiro lugar da grelha é difícil de recuperar para quem pilota uma Yamaha.
MotoGP, Quartararo ainda espera pela Yamaha
Quartararo tem contrato que expira em 2024 e pretende respeitá-lo. Entrevistado pelo Motosan.es, ele disse claramente que nunca pensou em fazer como Maverick Vinales, que saiu cedo após romper com a Yamaha: “Não, em nenhum momento. Eu não vou embora quando as coisas dão errado, nunca vou desistir. No final, somos uma equipe, nos bons e maus momentos. Claro, fiz algumas críticas e usei palavras agressivas, mas acima de tudo para motivar a equipe. Todo ano vou cada vez mais baixo, mas o objetivo quando você está no fundo do poço é se recuperar. Minha vontade de trazer a Yamaha de volta ao topo é enorme“.
O piloto francês está determinado a regressar às vitórias na M1, embora nos primeiros meses de 2024 faça as suas avaliações para decidir se continua ou não com o fabricante de Iwata em 2025. São necessárias grandes intervenções na moto: “Em 2019 a Yamaha era mais simples, a partir de 2020 passou a ser mais complicada de ano para ano. Este ano não temos o M1 que todos queriam. Syahrin veio e foi forte, essa coisa não existe mais. A moto deve ser pilotada de forma muito mais agressiva do que em 2019, quando me disseram que eu rodava um pouco como o Lorenzo. Mas isso não existe mais na Yamaha. Temos a moto mais agressiva, mas não a mais rápida, não melhoramos e é isso que temos que fazer. Meu estilo de pilotagem mudou completamente, tive que me adaptar. Em 2019 entrei nas curvas muito mais rápido, mas esta moto não me permite fazer isso“.
A Yamaha precisa mudar, o Rins vai ajudar?
A empresa Iwata deve se tornar mais agressiva no desenvolvimento, pensando em fazer grandes mudanças no M1 e não em simples evoluções de um projeto que não deu certo. Quartararo espera ser ouvido: “Todo fim de semana tenho uma reunião com a Yamaha. Estou indo ao limite para convencê-los a alcançar a linha branca das regras e da moto. No MotoGP não existe cautela, é preciso ir ao limite“.
Em 2024 chegará à garagem Alex Rins, que com as experiências adquiridas na Suzuki e na LCR Honda poderá ajudar no desenvolvimento: “Ele é um motorista muito rápido – comenta Fábio – e converso muito com ele. Acho que podemos nos entender mais rápido, a comunicação entre nós, o estilo de pilotagem que ele tem… Acho que podemos ser uma equipe muito forte. Espero que seja como no início de 2021, quando com Vinales nos esforçamos ao máximo para ir o mais rápido possível“.
Foto de : Yamaha Racing