Terminada a época do campeonato do mundo, é tempo de “revisões” para alguns pilotos do Campeonato do Mundo. É o caso por exemplo de Takaaki Nakagami na MotoGP, Sean Dylan Kelly na Moto2 e Daniel Holgado na Moto3. Três caras que acabaram todos na faca nestes tempos, alguns para resolver um problema e outros para remover placas e parafusos colocados em caso de lesão. Há a longa pausa de inverno para ficar completamente em forma e começar 2023 da melhor maneira possível, é disso que se trata.
Nakagami, terceira operação no dedo mindinho
A confirmação na LCR Honda já antecipava a necessidade de voltar a operar. Takaaki Nakagami consertou assim o extensor do dedo mínimo, provação que carregou consigo na segunda parte da temporada. Precisamente do acidente em Aragão que lhe deixou a mão direita bastante lesionada. Lacerações profundas nos dedos anelar e mínimo, problemas posteriores nos tendões, o esforço para o GP no Japão que leva a um tendão rompido no dedo mínimo. Nakagami falha mais três rondas, regressa e range os dentes em Valência tanto para o fim-de-semana como para os testes, mas nestes dias eis a 3ª e definitiva operação ao dedo mindinho da mão direita. Agora ele tem todo o inverno para se recuperar, em fevereiro iniciará sua sexta temporada na MotoGP e sempre com a equipe de Lucio Cecchinello.
Kelly, braços recondicionados
Passemos ao Moto2, precisamente a um piloto que fechou a época de estreia. Assim como a única confirmação na American Racing Team, já que Cameron Beaubier volta a correr nos EUA. Sean Dylan Kelly, que chegou em tempo integral na classe intermediária como campeão do MotoAmerica Supersport, acabou na faca pelo que agora se tornou o clássico problema dos pilotos. Nada menos que a síndrome do compartimento, que o jovem piloto norte-americano acusou em ambos os braços. Problema agora resolvido, Kelly está ‘como novo’ face à temporada de MotoGP de 2023. Com o objetivo de dar um grande passo em frente face a este 2022, um ano de adaptação que não é fácil dada a diferença face ao campeonato do qual vem. Dois pontos para Kelly em seu ano de estreia: 13º em Portugal, 11º sob a inundação tailandesa (com meio ponto concedido).
Holgado, perna mais leve
Vamos ao Moto3, com o piloto que durante muito tempo tentou roubar o título de Estreante do Ano a Moreira, perdendo-o por apenas 9 pontos. Mas recordemos que para Daniel Holgado 2022 (que terminou com uma pole e um pódio) começou decididamente em subida. No final de Janeiro, o então piloto da KTM Ajo sofreu um acidente durante um treino, sofrendo uma fractura multifragmentada na tíbia da perna esquerda. Definitivamente más notícias, ainda mais para um piloto perto de seu primeiro ano completo no campeonato mundial. Apesar de ter feito um bom início de temporada, as consequências foram sentidas por muito tempo. Nos últimos dias, porém, Holgado finalmente aliviou a perna: para ele, uma operação para retirar placas e parafusos inseridos no momento do acidente. O osso já está colocado, o piloto espanhol está pronto para ‘regressar’ à Tech3, equipa que o alinhou em 2021 para os dois GPs de desqualificação em Öncü.
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