Joan Mir completou sua primeira pré-temporada de MotoGP com a Honda na 13ª colocação e quase oito décimos atrás do melhor tempo de Pecco Bagnaia. Depois de descer da Suzuki GSX-RR com a qual conquistou o título mundial de 2020, o piloto maiorquino realizou seis dias de testes com a RC213V. Daqui a uma semana as coisas vão começar a ficar sérias no GP de Portimão, mas a adaptação a uma moto complicada e que ainda não correspondeu às expectativas vai continuar. Neste momento as Ducati dão mais um passo e o desafio é inigualável.
Novo procedimento inicial
O ex-piloto da Suzuki saiu do último teste em Portugal como o melhor piloto Honda da grelha, embora continue longe dos primeiros lugares. Ele ainda não se adaptou a um protótipo com motor V4, tendo pilotado uma motocicleta de quatro cilindros em linha por quatro temporadas. A busca pela ambientação e o desenvolvimento de todos os dispositivos e auxílios tecnológicos também mudam. Entre os novos desafios que Joan Mir tem enfrentado na transição para a Honda, destaca-se a configuração da moto segundos antes de iniciar uma corrida. Um “pesadelo” para o piloto da HRC que, antes da partida, terá de ativar os dois dispositivos holeshot, gerir o launch-control, o mapa do motor e outros elementos eletrónicos. “Na hora de memorizar tudo foi um pesadelo, porque a gente tem que fazer muitas coisas com o aparelho anterior. Aí você tem que colocar ponto morto, que não é como em uma bicicleta de estrada, depois parar, colocar o controle de lançamento, verificar se está tudo bem e depois sair“.
Nova aventura no MotoGP
Depois de quatro anos na Suzuki ele havia memorizado perfeitamente esse processo, com a mudança de fabricante o procedimento muda. O GP de Portimão, primeira jornada do campeonato de MotoGP de 23, será um campo de testes. “É complicado porque na Suzuki fiz todas essas coisas de maneira diferente. A troca é complicada, mas no final é questão de tempo, depois de quatro ou cinco corridas ela virá automaticamente“. No box da Repsol Honda reencontrou um velho conhecido como Ken Kawauchi, agora diretor técnico da HRC, o que facilita a adaptação ao novo ambiente de trabalho. “Na Suzuki conseguimos resultados incríveis juntos, tê-lo aqui é algo fantástico – sublinha Joan Mir ao ‘Autosport’ -. Estou grato por poder vivenciar tudo isso com ele, acho que ele pode fazer um bom trabalho como já fez na Suzuki…“.