Maio será um mês decisivo para definir o mercado de pilotos da classe MotoGP. Nenhum fabricante estará isento de alterações, alguns correm o risco de ficar de fora do jogo, outros podem ficar na mão. Enquanto aguardam os próximos Grandes Prémios de Le Mans, Catalunha e Mugello, os dirigentes e representantes das equipas aglomeram-se nos bastidores para tentar colocar a caneta no papel o mais rapidamente possível. Até a campeã mundial Ducati terá que tomar uma decisão muito difícil para a equipe oficial.
Ducati dividida entre Martin, Márquez e… Pramac
A fabricante de Borgo Panigale deve escolher o piloto para fazer parceria com Pecco Bagnaia para o período de dois anos da MotoGP 2025-2026. Jorge Martin seria a solução mais lógica, ainda que Marc Márquez seja muito intrigante, tanto pelos resultados como pelos patrocinadores. Depois de algumas corridas, o oito vezes campeão mundial mostrou que pode competir em igualdade de condições com todos, independentemente da sua idade: com uma Desmosedici oficial ele faria barulho. Uma solução poderia ser promovê-lo à Pramac com uma moto de fábrica e um grupo técnico de alto nível, mas a equipa de Paolo Campinoti ainda não resolveu as suas reservas sobre o seu futuro. O proprietário está lutando entre a opção que o liga à Ducati por mais dois anos e o novo percurso da Yamaha. Em qualquer caso, a partir do próximo ano o anunciado Fermin Aldeguer estará na Emilian Red Team, ainda incerta entre Pramac e VR46.
Enquanto espera para perceber o que a Pramac fará, a equipa de Valentino Rossi encontrar-se-ia com Aldeguer e nessa altura terá necessariamente que libertar um de Bezzecchi ou Di Giannantonio. Gresini está pronto para reconfirmar Alex Márquez e vai esperar pelas decisões da Ducati para nomear o segundo piloto. Marc Márquez certamente irá embora, mas por enquanto a equipe de Nadia Gresini está aproveitando o momento mágico.
Aprilia espera Capitão Aleix
A Aprilia aguarda a decisão de Aleix Espargaró antes do Grande Prémio de Mugello. O veterano da classe de MotoGP terá de comunicar se continuará por mais um ano ou se passará para o papel de piloto de testes. No segundo caso, Massimo Rivola recorrerá a Enea Bastianini ou Marco Bezzecchi, mesmo que Jorge Martin seja tentador. O espanhol poderia juntar-se à equipa de fábrica da Aprilia se a Ducati lhe fechasse as portas da garagem oficial. Será também um bom desafio entre dirigentes, entre Albert Valera (representante de Martin) e Carlo Pernat (treinador de Bastianini).
Davide Brivio quer mudar a equipe satélite da Trackhouse um ano após sua chegada. Por um lado, está a explorar a possibilidade de se reunir com Alex Rins ou Joan Mir (este último agora fora do projecto Honda), tendo-os conhecido nos tempos dourados da Suzuki. A outra opção leva o nome de Joe Roberts, de quem os donos das estrelas e listras tanto gostam.
KTM dá dicas de Acosta
A KTM está pronta para promover Pedro Acosta à equipa oficial, enquanto espera para perceber para onde vai Jack Miller. O australiano está dividido entre a equipe satélite e a Honda, onde se juntaria a Luca Marini. Nesta altura Augusto Fernandez ficaria fora do MotoGP e regressaria à Moto2. Brad Binder é intocável por enquanto, mesmo que o grande sonho Marquez-Acosta atraia muitos, incluindo a gigante das bebidas Red Bull.
Nei box Honda e Yamaha
A Honda vai largar novamente com dois nomes imóveis: Luca Marini e Johann Zarco. Como mencionado anteriormente, Jack Miller poderia chegar no lugar de Joan Mir. O tempo também acabou para a equipe LCR de Taka Nakagami e Lucio Cecchinello. Finalmente poderia ser o momento certo para Ogura. A Yamaha tenta fechar negócio com Paolo Campinoti e a equipe Pramac. Nessa altura haveria pelo menos três motos oficiais disponíveis para a próxima temporada de MotoGP e Andrea Iannone seria uma hipótese muito sugestiva. Caso o acordo com a Pramac fracasse, o sucessor de Lin Jarvis deverá avaliar a possibilidade de convencer Gresini para o futuro, uma vez que o contrato de fornecimento com a Ducati expira no final de 2025.
Foto Michelin Motorsport