A temporada de MotoGP de 2023 terá apenas um estreante no início. Augusto Fernandez, atual campeão da Moto2, conseguiu fazer a virada após anos difíceis e assim garantir o ingresso na categoria rainha. Já é um caso histórico, há dois precedentes com apenas um estreante no MotoGP (que é quem), mas o que importa é que consegue adaptar-se da melhor forma possível, sem pensar no futuro. O chefe da equipa KTM, Francesco Guidotti, sublinhou este ponto, convidando o espanhol a não se deixar distrair por quaisquer ‘ameaças’ das classes mais baixas.
Fernandez e o desafio do MotoGP
A equipa de Hervé Poncharal terminou a temporada com duas estreantes no plantel. A segunda vez depois de 2017, com a dupla Johann Zarco-Jonas Folger que trouxe bons resultados. Uma situação muito diferente em relação a 2022, com Remy Gardner e Raul Fernandez tendo muito mais dificuldade, por vários motivos. Este ano a táctica mudou: um avançado, ou Pol Espargaró, e um único estreante, Augusto Fernandez. O último piloto revitalizado pela estrutura de Aki Ajo após anos difíceis, agora chamado para o duro desafio do MotoGP. Ressaltando que não estamos falando de um talento explosivo, mas sim de um piloto mais ‘normal’, que precisou de tempo para colocar todas as peças em seus devidos lugares e assim se tornar protagonista. Mas também estamos vendo que alguns de seus compatriotas mais jovens, ainda na órbita da KTM, já foram amplamente noticiados. Acima de tudo, destaca-se o nome de Pedro Acosta, seu antigo companheiro de equipa e um dos favoritos ao campeonato de Moto2 de 2023. Um talento que desabrochou de imediato e foi claramente observado, especial também nas equipas de MotoGP. Já é uma ‘ameaça’ para o futuro do estreante espanhol?
conselho de Guidotti
Durante a apresentação dos programas da KTM, também houve tempo para falar sobre a única estreante da categoria. Mesmo com as cores da GasGas, Fernandez também vai pilotar uma RC16 como Binder e Miller. Um ano importante de adaptação, mas Francesco Guidotti não quer que seu estreante se distraia do objetivo primordial. “Pedro uma ameaça? antes disso, [Fernandez] ele deve pensar apenas em aproveitar ao máximo o momento, sem olhar muito para o futuro. Não acho que ele veja isso mal, mas sim como uma oportunidade a ser bem explorada.” Sobre Acosta, “Eu certamente não quero dizer que ele não é um perigo, mas talvez descubramos que ele tomou sua própria decisão e que não está conosco.” Guidotti então renova seu conselho a Augusto Fernandez: “Ele tem que pensar no presente, aproveitar, aprender o máximo de coisas possível e viver corrida a corrida, sem pensar no próximo ano. E sabemos que logo chegará: haverá poucos movimentos, mas em maio-junho já saberemos alguma coisa”.
Crédito da foto: motogp.com