Do sol de Dubai à neve de Madonna di Campiglio, as férias de inverno de Fabio Di Giannantonio continuam após sua primeira temporada na MotoGP. O piloto da Gresini Racing soma a sua primeira pole position em Mugello e um oitavo lugar em Sachsenring como o seu melhor resultado no Campeonato do Mundo de 2022. Perdeu o título de ‘estreante do ano’, que acabou nas mãos de Marco Bezzecchi, mas assimilou o máximo possível por seu companheiro de box Enea Bastianini, autor de um campeonato incrível.
Di Giannantonio ensinado por Bastianini
Na próxima temporada, o porta-estandarte da Capitolina tentará elevar a fasquia da performance aos comandos da Ducati GP22. Não será uma moto muito diferente da Desmosedici GP21 com que enfrentou o seu primeiro ano no MotoGP, mas será certamente um pequeno passo em frente que vai somar à experiência acumulada. O Campeonato do Mundo de 2023 também será um “ano zero”, com a introdução de corridas de sprint e algumas novas pistas no calendário onde o Campeonato do Mundo nunca se enraizou (Índia e Cazaquistão). Di Giannantonio vai valorizar a “coexistência” nas boxes com Bastianini, terceiro na classificação final. “Tentei ‘roubar’ o máximo possível de Enea e sua equipe“, admitiu o piloto romano de 24 anos ao ‘Fanpage.it’.
O novo técnico-chefe Carchedi
A última parte do campeonato não deu muitas alegrias a Fabio, seu desabafo nas redes sociais após a corrida na Malásia ganhou as manchetes. Alguém até havia levantado a hipótese de sua intenção de deixar o MotoGP, mas era apenas uma questão de algum descontentamento menor dentro da equipe. A partir da prova de Valência começou a colaborar com o novo chefe de equipa Frankie Carchedi, ex Suzuki, que até este ano colaborou com o campeão do mundo Joan Mir. Uma figura de grande competência técnica e experiência como o espanhol vai ajudar a acelerar o processo de adaptação à Ducati Desmosedici e vai conseguir desfazer muitos nós ao longo da temporada. “Ele tem experiência, tanta coisa que você ainda tem que descobrir que ele já viveu e por isso facilita o seu trabalho“, acrescentou ‘Diggia’. Em 2022, sua equipe era formada por pessoas em seu primeiro ano na MotoGP, uma jogada errada, que exigia mais tempo para resolver determinadas situações.
Objetivos para a temporada MotoGP ’23
No outro canto da garagem contou com os dados de Enea Bastianini, em seu segundo ano na categoria rainha, e sua já bem testada equipe. A par da ‘Besta’ esteve o chefe de equipa Alberto Giribuola, especialista no ambiente Ducati e que já ostentava uma longa colaboração com Andrea Dovizioso, tricampeão vice-campeão de MotoGP em anos anteriores. “Eu tentei aprender com Enea e com o que foi feito em sua caixa – finalizou Fábio Di Giannantonio – porque eles eram ótimos. Resumindo, tentei “roubar” o máximo possível deles“. Luca Marini também está sob sua lupa, constantemente entre os 10 primeiros na segunda parte do Mundial. Para 2023 a meta é “fazer melhor que 2022“. “No ano que vem podemos dar um passo até nesse sentido porque Frankie vai facilitar um pouco a vida de todos.“.
Foto: MotoGP.com