Gigi Dall’Igna viveu altos e baixos de emoções durante a segunda ronda de MotoGP, um pouco como a “montanha-russa” do circuito de Portimão. Da alegria da vitória de Jorge Martin, seguido por Enea Bastianini, à amargura da dupla queda de Marc Márquez e Pecco Bagnaia. O sábado não correu melhor no Sprint, com o atual campeão piemontês cometendo um erro de travagem na primeira curva, dando a Maverick Vinales a sua primeira vitória com a Aprilia.
A vitória de Martin e o pódio de Enea
O acidente a menos de três voltas do final entre Márquez e Bagnaia continua no centro das atenções. Depois de uma espera de 48 horas, o diretor-geral Gigi Dall’Igna deixa também a sua reflexão sobre o que aconteceu em Portugal. “Sem dúvida podemos dizer que somos sempre protagonistas… em todos os sentidos, no positivo, mas este fim de semana também no negativo, numa corrida que concentrou todas as emoções nas duas últimas voltas“, começa o engenheiro de origem veneziana. Os maiores elogios vão para o tenaz Jorge Martin, autor de umdesafio duro e difícil: uma corrida com muitas incógnitas, enfrentada e concluída com coragem, concentração e teimosia, sem nunca desistir“.
Enea Bastianini também conseguiu um bom segundo lugar, regressando ao pódio depois de uma temporada de MotoGP de 23 muito infeliz. “A Ducati também conquistou o segundo lugar no pódio com Enea: coragem e determinação para um resultado muito digno. Para ele era muito importante estar presente na frente, precisava disso, ainda mais estando numa pista que parecia ser sua. Estamos no início da temporada e, sem dúvida, este segundo lugar vale como uma vitória“.
O acidente Bagnaia-Márquez
Inevitavelmente, a reflexão de Gigi Dall’Igna centra-se também no episódio da curva 5, com Bagnaia e Márquez a entrarem em contacto na tentativa do piloto oficial de ultrapassar o companheiro de equipa por dentro. “Um acidente muito lamentável… que privou ambos da possibilidade de conquistar pontos importantes para a classificação, numa corrida difícil em que não puderam disputar a vitória. Honestamente, mais alguns comentários seriam completamente supérfluos“. Quanto ao bicampeão mundial, ele não esconde que “foi um fim de semana difícil, em que não conseguimos encontrar o equilíbrio, ao contrário de outras ocasiões… Será preciso perceber porquê e encontrar a solução imediatamente, sem alarmismos: é isto que conta no final“.
Para Dall’Igna o último Grande Prémio de Portugal serviu para entender que a Ducati “ele nunca deve baixar a guarda“. Representa um pouco o espelho deste campeonato de MotoGP, com rivais que melhoraram e cresceram em número. “Serve para nos lembrar o quanto todos melhoraram, quão numerosos e temíveis são os nossos adversários, mesmo os mais jovens, com o seu entusiasmo, o seu talento e a sua velocidade, empreendedores e totalmente desprovidos de qualquer medo“, concluiu o diretor geral da Ducati Corse.
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