A Ducati e a Pramac ainda não formalizaram a renovação do acordo por mais dois anos, depois da Yamaha ter tentado a equipa de Paolo Campinoti com uma super oferta. A empresa Iwata procura desesperadamente uma equipa satélite, mas a Ducati desfruta atualmente da liderança indiscutível no Campeonato do Mundo. O GP da Desmosedici é uma garantia, mesmo que as motos nem sempre contem no paddock de MotoGP. Temos que lidar com dinheiro…
A chegada de Gino Borsoi
O caso entre as equipas está intimamente ligado ao mercado de pilotos, já que em Borgo Panigale terão de escolher entre Jorge Martin e Marc Márquez para a equipa oficial. Os líderes da Ducati não expressarão a sua decisão final até Mugello e, entretanto, a Pramac está a desfrutar do momento de ouro com a liderança do campeonato de MotoGP. Parte do crédito também vai para o novo treinador da equipe, Gino Borsoi, que preencheu perfeitamente a lacuna deixada por Francesco Guidotti. “Cheguei na hora certa, quando uma equipe que já estava trabalhando muito bem teve uma explosão da grande estrela que é o Jorge… Ele tem uma grande equipe atrás dele e não podemos esquecer o grande apoio da Ducati“.
A espera por Martin
Na temporada passada eles deixaram o Campeonato Mundial para jogar até o último Grande Prêmio, com Pecco Bagnaia conquistando o título mundial por um triz. Este ano continuam a dar a máxima disponibilidade técnica à equipa de Paolo Campinoti, com o madridista a liderar merecidamente a classificação. Gino Borsoi e seus homens estão fazendo um trabalho impecável, então Jorge Martin se encarrega de fazer o resto. Todos gostariam de ver o madrilenho na equipa de fábrica a partir de 2025, embora a promoção não seja de forma alguma garantida após a chegada de Marc Márquez à Desmosedici. “A pessoa que realmente toma as decisões e os tempos é Gigi Dall’Igna – sublinha Borsoi em entrevista ao podcast ‘By Ears’ -. O prazo final será em Mugello“.
A parceria Pramac-Ducati
O que a equipe Pramac decidirá fazer? Ele continuará com o fabricante Emilian ou será tentado pela nova aventura da Yamaha? “Campinotti e eu não queremos deixar a Ducati. Houve alguns atritos no início da temporada, que com o tempo voltaram. Obviamente tudo o que acontecer em Mugello com esta decisão poderá desviar a balança para um lado ou para outro“, admite o dirigente da equipa. “Jorge está num momento perfeito, no ano passado lutou até à última corrida e este ano melhorou os resultados desde o primeiro minuto e lidera a classificação do Campeonato do Mundo com uma diferença de 39 pontos“. A não promoção de Jorge Martin à equipa oficial, portanto, poderá comprometer a longa colaboração entre a Ducati e a Pramac…
Foto Pramac Racing