Fabio Di Giannantonio finalmente conquistou sua primeira vitória na MotoGP no GP do Catar, mas faltando uma semana para o final do campeonato ele ainda permanece sem selim para o próximo ano. A equipa VR46 de Valentino Rossi e Alessio Salucci continua a ser a última esperança, mas a resposta só será dada durante o fim-de-semana de Valência. Fermín Aldeguer parecia destinado a substituir Luca Marini, mas o triunfo no Qatar pode mudar a direção do vento.
Negociação falhou com Honda
O pódio de Phillip Island parece ter sido a rampa de lançamento para Fabio Di Giannantonio, que está ciente da não renovação do seu contrato com a Gresini há mais de um mês. Marc Márquez chegará em seu lugar, uma oportunidade imperdível para a equipe de Nadia Padovani, que colocará em campo os irmãos Márquez na prova de Valência. Diego Tavano, gerente da ‘Diggia’, manteve conversações frutíferas com Alberto Puig para trazer seu cavalo Capitolino para a Repsol Honda. De repente a negociação estagnou: “Quero ser honesto: algo aconteceu depois da Malásia que não foi bom para o meu futuro“. A HRC preferiu Luca Marini, garantindo-lhe um contrato de dois anos, oportunidade que o piloto de Tavullia não perdeu, concordando imediatamente em deixar uma moto super competitiva como a Ducati Desmosedici.
A primeira vitória no MotoGP
Imediatamente após a ronda de Sepang, Di Giannantonio regressou a casa para uma pausa e para se reunir com amigos e familiares. “Eu estava com muita raiva. Disse duas ou três vezes aos meus entes queridos que venceria no Catar. E todo mundo falou: ‘Fábio, não fala isso, porque aí você vai perder a energia’. Mas eu insisti que iria vencer. Não foi fácil, mas conseguimos“. Agora, em poucos dias, acontecerá o desafio mais difícil de sua carreira: conseguir um contrato para a próxima temporada. “É um pouco surreal o que está acontecendo no MotoGP neste momento. Acredito que sou um piloto que está a mostrar coisas boas no seu segundo ano de MotoGP. E acho que estou dentro do cronograma quando alcancei resultados“.
VR46 a última esperança
Há semanas que Fabio Di Giannantonio e seu empresário vivem um vaivém de emoções, esperanças e amarguras. Quando parecem próximos da assinatura, as negociações param. Nada a ver com a Repsol Honda, só falta convencer o VR46 de Alessio Salucci e Pablo Nieto. “Não me sinto à vontade, porque esse é o meu sonho, assim como é das outras crianças daqui. É o sonho da nossa vida correr a este nível, neste campeonato mundial e com estas motos. E poder viver deste trabalho. Então não estou livre porque gostaria de continuar minha jornada aqui. Ficarei à vontade se e quando puder assinar um contrato para o próximo ano“. Diego Tavano, da Sky Sport MotoGP, faz saber que uma possibilidade ainda está viva: “Tivemos um primeiro bate-papo com VR46 e estou otimista“. Resta esperar e cruzar os dedos…
Foto de : Gresini Racing