di Paul Emile Much/paddock-gp
As barbatanas dispostas na parte traseira da moto são a nova tendência no MotoGP para este 2022. A Aprilia liderou o caminho experimentando uma barbatana modelo F1, que a marca Noale não manteve. A Ducati também deu sua contribuição com um duplo par de barbatanas finas que lembram um esqueleto de dinossauro (“stegosaurus”), agora adotado por todas as motocicletas Borgo Panigale. Com cinco corridas pela frente, incluindo o GP do Japão, até a Suzuki se aposentar da MotoGP, não há como parar. A casa de Hamamatsu continua a desenvolver sua GSX-RR, equipando-a com duas aletas adicionais.
Na primeira sessão de treinos livres em Motegi, dominada pelos Reds de Jack Miller e Francesco Bagnaia, Alex Rins entrou em pista com uma nova solução aerodinâmica nas costas da sua Suzuki. Duas quilhas montadas na cauda da moto do espanhol, uma novidade que lembra um perfil que a Ducati já havia apresentado em Silverstone. Ao contrário da solução Borgo Panigale, que consiste em integrar aletas reais na traseira da Desmosedici, a solução adotada pela Suzuki apresenta duas aletas curvadas para fora.
Um experimento que poderia ter um objetivo específico: gerar uma carga maior na traseira do GSX-RR. Isso evitaria que a roda levantasse durante a frenagem nos pontos mais críticos. Além de melhorar o controle do fluxo de ar durante a “saída” da silhueta do ciclista. Como por exemplo na Curva 11 em Motegi, uma zona de travagem que ocorre após uma longa reta. Uma parada impressionante, na qual os pilotos vão de 311 a 81 km/h em 5,3 segundos.
Foto: Suzuki Racing
O artigo original no Paddock-GP